O Reino de Guaracangalha XIII - O ARAUTO E O GRANDE CONSELHEIRO

Publicada em Março/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

A Rainha Tirana e seus Conselheiros, entre eles um “grande” Conselheiro que
havia sido preceptor, e que abandonou a profissão para apenas ser Conselheiro, mas que era tão ignorante que não servia para ser preceptor (acho que foi por isso que ele desistiu) e muito menos para ser Conselheiro, mas como as moedas falam mais alto, infelizmente ele comprou o cargo de Conselheiro da Rainha, mas nunca sabia o que estava falando ou votando.
Mas como ia dizendo, a Rainha Tirana e seus Conselheiros tentavam iludir seus súditos com falsas promessas, e sendo a maior obra daquela época a ponte que ligava o nada ao lugar nenhum, e que consumiu grande soma de moedas do povo, mas que servia apenas para adular o egocentrismo da Rainha Tirana e seus Conselheiros, e iludir uns poucos que acreditavam que aquela seria uma grande obra.
E para tentar enganar mais algumas pessoas eles contratavam arautos a peso de ouro, e entre esses arautos havia um que era o mais voraz de todos, o qual era capaz de vender a própria alma por míseras 30 moedas (tal Judas), ele se intitulava Presidente Robusto Filho de Luccas. Vivia em uma Odisséia constante, era capaz de pisar em amigos, trair, vender a alma, enfim fazia qualquer coisa por mais vil que fosse, sendo um verdadeiro mercenário, o qual topava tudo por moedas, pensando que o povo iría embarcar em sua Onda, mas que na realidade não passava de uma simples marola. Mas para felicidade geral do Reino, a Rainha Tirana, seus Conselheiros e seus arautos, acabaram se afundando na própria lama por eles criada. O povo, e principalmente a Plebe não eram burros como pensava a Corte de Guaracangalha, e via que a Rainha apenas prometia, mas não realizava nada do que havia prometido, tal como havia dito que acabaria com o desemprego do reino, dando 2.000 empregos para seus súditos, ou ainda construiria 600 choupanas, para acabar com o problema de moradia; mas que nada; seu negócio era construir jardins, e ponte que ligava o nada ao lugar nenhum, para que os visitantes de outros reinos, que por ali passavam, se admirassem e voltando para seus reinos falassem:
- Nossa que reino bonito!
Agora pergunto: O que adiantava o povo de Guaracangalha, ter um reino “limpo” e bonito, todo florido, se faltava o principal que era choupana para abrigar a si e os seus, e emprego para sustentarem seus filhos? Ou será que a Rainha Tirana e seus Conselheiros queriam que o povo comesse flores dos jardins e morasse embaixo da ponte que ela construiu (já que não servia para nada mesmo).
Felizmente o povo acordou e expulsou a Rainha Tirana e sua corte, fazendo uma revolução que trouxe paz e prosperidade para todos os moradores de Guaracangalha, implantando uma verdadeira Democracia no Reino, sendo uma das primeiras medidas, a retirada da cangalha do Reino, construção das almejadas choupanas e criação de empregos.
Esta é uma estória do imaginário do autor, qualquer semelhança com fatos reais, terá sido mera coincidência.
No próximo capítulo contaremos como a Rainha Tirana e seus seguidores chafurdaram na lama.

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