O Reino de Guaracangalha IX - A FALHA DO NEURÔNIO

Matéria publicada no Jornal Hora H em Novembro/1999

Por uma pequena falha técnica em nossos neurônios, nesta edição deixaremos de apresentar mais um capítulo de nossa estória da Rainha Tirana, e preencheremos o espaço com um breve comentário sobre as notícias publicadas em um outro jornal, deixando bem claro que nada temos contra esse outro jornal, apenas estamos comentando algumas notícias. Bem, vamos a elas:
1 – O fim do desemprego em Guararema.
Lendo essa matéria todos irão acreditar que Guararema não tem mais desemprego. Mas em outra edição, lemos um edital em que estão doando uma área à referida fábrica que virá para Guararema, e vemos ainda que essa fábrica virá apenas daqui a cerca de 390 dias (apenas no ano 2001) isso se nada der errado. Ë realmente acabou o desemprego em Guararema (apenas para os protegidos).
2 – Guararema tem hino e ninguém conhece.
Concordamos, apenas esclarecemos que esse hino foi aprovado e adotado em Agosto de 1999 e cabe ao Poder público divulgá-lo nas Pré e Escolas de nossa cidade. Pelo que sabemos a Administração foi contra a criação do hino e por isso não o divulga, nem mesmo no aniversário da cidade. Agora, quanto criticar a letra talvez
seja pelo fato da letra enaltecer nossa terra e nosso povo e talvez essas pessoas quisessem que a letra fosse assim: “Deus salve nossa graciosa Rainha! Vida longa para nossa nobre Rainha! Deus salve a Rainha! Envia-a vitoriosa, Feliz e gloriosa,
Para reinar por muito tempo sobre nós. Deus salve a Rainha!”
3 – Aprendendo a conviver com a natureza.
Onde dentre outras coisas diz que é preciso os guardas (?) coibirem os “moleques”, “bagunceiros de plantão” que descem o Rio de bóia e ficam nas ilhas fazendo arruaças; outro local que precisa de uma atenção especial é a Cachoeira do Putim, que é “invadida por hippes atrasados a pelo menos 20 anos” que acampam nas proximidades da cachoeira.
Acreditamos que essas pessoas que escrevem isso estão muito mal informadas, porque a Constituição Brasileira em seu Artigo 225 diz: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,... e ainda no item XV do Artigo 5º diz: é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
Agora apenas uma pergunta: A cachoeira, o rio e as ilhas, não são bens de uso comum, não é do povo, ou será que alguém comprou e não ficamos sabendo?
É as pessoas mudam seus valores! Por que será?
Não percam na próxima edição, capitulo inédito da estória da Rainha Tirana.

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