BEM VINDOS AO MEU BLOG


Neste blog pretendo transcrever todos artigos e crônicas que escrevi pelos lugares em que vivi.A sua maioria versa sobre política, misturando fatos reais com fantasia.No ano de 1979 comecei a escrever em Osasco/SP, infelizmente tenho poucos artigos dessa época.Em 1994 já morando em Guararema/SP ajudei a montar o jornal Noticias de Guararema onde escrevi durante muitos anos, mas, como sempre gostei de militar na oposição e o jornal se vendeu para a situação, resolvi juntamente com outros amigos a montar o jornal Hora H, onde escrevi durante muito tempo misturando fantasia e realidade, para poder escapar dos inúmeros processos criei o Reino de Guaracangalha, onde criei personagens que retratavam a realidade mas fictícios.Com isso acabaram-se os processos e o povo ficava ansioso a espera da próxima edição.
Agora morando no Vale do Ribeira/SP, passei a escrever sobre essa região do estado.
Boa leitura a todos.
Todos os artigos são de minha autoria e publicados em Jornais da época, e estão protegidos pela Lei de direitos autorais.
Proibida a reprodução sem autorização por escrito do autor.

ESTOU PREOCUPADO

Publicado em 17/Novembro/2008 em diversas comunidades do Orkut e no site http://beneditomachado.zip.net

Assistindo aos noticiários e lendo os Jornais, fico pensando: Onde iremos parar? Como será a sociedade dentro de alguns anos? Que ambiente nossos filhos e netos irão encontrar?
Não sou sociólogo, mas analisando as diversas culturas e ambientes sócias, não achei nada parecido ao que vivemos no Brasil atual, onde as crianças e os jovens não respeitam os mais velhos. Em todas as sociedades e culturas, inclusive no mundo animal, todos os jovens devem respeito e obediência aos mais velhos, existem direitos e deveres aos mesmos. Depois da entrada em vigor do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), onde os menores tem direitos, mas não tem deveres ou punições, a educação no País degringolou; os pais não conseguem mais educar seus filhos e os professores não conseguem mais impor respeito aos alunos.
Podem dizer que isso não nos interessa, mas interessa sim e muito, isso acontece aqui em Iguape. Eu mesmo presenciei dois fatos ocorridos aqui. Um foi uma menina de mais ou menos 14 anos que estava depredando um orelhão, estando um funcionário da prefeitura sentado próximo ao local, o mesmo repreendeu a menina, fiquei abismado com os palavrões proferidos pela adolescente, e o coitado do Sr. Teve de ficar calado senão ele poderia até responder um processo por ter “mexido” com a menina. Um outro caso foi de um menor de 11 anos, sendo repreendido pela mãe começou a ofendê-la, ela não agüentando ameaçou bater nele, oportunidade em que ele saiu correndo para a rua e ela voltou a seus afazeres, e qual não foi a surpresa quando ele retornou a casa, só que com a policia.
Onde já se viu uma sociedade que não pode educar suas crianças? Muitos pais querem, mas são impedidos de dar educação aos seus rebentos; Muitos professores querem ensinar seus alunos, mas são impedidos pelo ECA e pelos atuais métodos de ensino (conheço exemplo aqui em Iguape, de professor que não agüenta mais ficar em sala de aula por não poder continuar com os mesmos métodos do passado, onde o professor ensinava e o aluno aprendia), onde o professor finge que ensina, e o aluno finge que aprende..
Pelo que vejo o País caminha para um futuro cada vez mais nebuloso, porque irremediavelmente esses menores que foram mal educados serão nossos “ADMINISTRADORES” em um futuro bem próximo, inclusive serão nossos ‘LEGISLADORES” fazendo Leis cada vez mais frouxa e liberal demais.
Se a sociedade não se unir e exigir que nossos Legisladores alterem essa aberração do ECA, nosso futuro será tenebroso.

RADAR. UM MAL NECESSÁRIO

Publicado em 1ª Quinzena de Outubro/2007 no Jornal Primeira Hora

Lendo jornais e navegando na Internet ou andando pela Ilha, vemos muita crítica a operação dos radares em Ilha Comprida.
Mas esse é um mal necessário, sem eles muitos acidentes já teriam ocorrido.
Não entro no mérito se eles estão aferidos corretamente ou não. Isso é um problema técnico e deve ser conferido pelo INMETRO.
O radar se tornou necessário para coibir os abusos que eram (e ainda são) cometidos em nossa cidade, o erro maior foi ter se construído uma rodovia (Avenida Beira Mar 70 km de extensão) em plena área central da Ilha, A Av. Beira Mar deveria servir apenas para trânsito local, toda ligação da Ilha deveria sido feita pela Avenida Candapuí, local em que poderia se desenvolver uma velocidade maior, sem risco de se atropelar algum banhista mais distraído.
Agora que o mal esta feito, temos de aceitar os 40 km/h para evitar mortes em nossa orla marítima, e para se evitar multas basta respeitar o limite de velocidade.

PEDÁGIO. ATÉ QUANDO?

Publicado em 1ª Quinzena de Outubro/2007 no Jornal Primeira Hora

Pela vontade dos administradores seria para sempre, mas parece que as nuvens estão se abrindo e o sol voltará a brilhar.
Chegou as nossas mãos um Acórdão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que trata do AGRAVO DE INSTRUMENTO nº 647.621-5/0-00, em que é agravante a ASSOCIAÇÃO AMIGOS DE BAIRRO A UNIÃO FAZ A FORÇA sendo agravada a EMPRESA BI MUNICIPAL e OUTRAS.
...ACORDAM, em Primeira câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, proferir a seguinte decisão: “DERAM PROVIMENTO PARCIAL AO RECURSO, V. U.”, de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão.
O Julgamento teve a participação dos Desembargadores DANILO PANIZZA (Presidente), sem voto), CASTILHO BARBOSA E RENATO NALINI.
..... Portanto, é de se dar provimento parcial ao recurso, para que, até o julgamento final do feito, não seja exigido pedágio dos moradores de Iguape e Ilha Comprida.
Ante o exposto, dou provimento parcial ao recurso. VENICIO SALLES (relator).
Pelo que vemos na decisão, a empresa bi municipal NÃO pode mais cobrar pedágio dos moradores de Iguape e Ilha Comprida.
Parabéns a Associação Amigos de Bairro “A União Faz a Força”, na pessoa de seu presidente Sr. Paulinho motos.

SAUDADES

Publicado em Outubro/2007 no Jornal Primeira Hora

As vezes sento na areia da praia e olhando para a imensidão do mar fico a meditar, e com isso me bate a saudade de um tempo que não volta mais.
Fico pensando em pedir aos amigos mais íntimos, que mandem de vez em quando uma carta, para eu matar a saudade daquela emoção gostosa de ouvir o carteiro gritando meu nome na porta de casa e a ansiedade de saber o que diz a carta. Por preguiça ou falta de tempo, deles só recebo e.mails e alguns cheios de vírus, carta só recebo de bancos ou financeiras me cobrando. Quero sair do ginásio, entrar numa sorveteria e pedir que me sirvam uma Vaca Preta (Coca Cola com sorvete); entrar na padaria, comprar um filão de pão suíço e um litro (de vidro com lacre de alumínio) de leite tipo B. Quero qualquer fim de semana pegar meu Sinca Chambord, sair pela periferia da cidade e ver se descubro algum bailinho nas residências; ir a alguma festa de rua, sentar na barraca do bar e tomar uma cerveja de garrafa, mandar um correio elegante para a primeira mulher que olhar pra mim; ir a pracinha da cidade e praticar o footing (homens andando em volta da praça em sentido horário e mulheres em sentido contrário); quero procurar um armazém de secos e molhados, comprar um litro de feijão roxinho, uma lata de óleo de algodão Sol Levante, uma lata de margarina Matarazzo, uma lata de cera Parquetina, um sabonete Vale Quanto Pesa, algumas pedrinhas de Anil, um vidro de óleo Glostora, um bastão do desodorante Lancaster, um pacote de gilete azul, tomar uma Crusch ou um Grapete bem gelado e sair cantando aquela musiquinha: “Quem bebe Grapete, repete Grapete, Grapete é gostoso demais”!
Quando saio dessa viajem imaginária ao passado, vejo que sou jurássico, porque esse mundo em que vivi não existe e não volta mais.

Papo de Cumadres - CURTINDO UMA PRAIA

Escrito em Agosto/2007 e por capricho do editor não foi publicado na coluna Papo de Cumadres do O Progresso do Vale

Continuando suas andanças pela Ilha Comprida, nossas colaboradoras Fifi e Fafá se sentaram em um quiosque do Boqueirão e ficaram olhando a praia.

- Fifi como esse lugar é bonito!
- É Fafá, pena que é muito mal administrado.
- É mesmo, se a Ilha tivesse bons políticos aqui seria o paraíso.
- Pena que ninguém faz nada para melhorar este lugar.
- Mas Fifi e os políticos que são contra a atual administração?
- Quem? Os políticos de oposição?
- Isso, o que eles fazem para tentar mudar esse estado de coisas.
- Fafá aqui não existe oposição, são apenas algumas pessoas que querem pegar uma boquinha, o único que parecia ser oposição era um tal de boi, mas depois da foto que ele tirou junto com o prefeito acho que já era.
- É Fifi... coitados dos moradores da Ilha, desse jeito essa situação ainda vai continuar por muito tempo.

Continua na próxima edição, se antes disso nossas colaboradoras não forem descobertas e convidadas a passear em outra cidade.

Obs: Após a não publicação deste, nossas colaboradoras foram sumariamente expulsas do Jornal O Progresso do Vale.

Papo de Cumadres - O PASSEIO PELA ILHA

Publicado em Agosto/2007 na coluna Papo de Cumadres do Jornal O Progresso do Vale

Continuando suas andanças pela Ilha Comprida, nossas colaboradoras Fifi e Fafá resolveram sair do Boqueirão e conhecer mais da Ilha.

- Fifi vamos até Pédrinhas?
- Vamos, mas vamos de ônibus.
- Olhe é aquele ônibus que vem ali.
- Nossa isso é ônibus?
- Fifi, isto está mais para sucata do que para ônibus.
- Não liga Fafá, já que estamos aqui vamos lá, e este ainda esta bom, você precisa ver os ônibus que fazem o transporte escolar.
- Fifi você reparou que pagamos a passagem, mas não existe um registro dela?
- Como assim Fafá?
- Nós pagamos, mas não existe um controle, não tem catraca ou bilhete; como que o prefeito fica sabendo quantos passageiros pagaram passagem, e como é feita a prestação de contas?
- Esse é mais um dos mistérios da Ilha Fafá.
- Mas Fifi, o que os vereadores falam disso?
- E eles lá estão preocupados com isso Fafá, eles estão mais é preocupados com outra coisa e que se dane o que é do povo.

Continua na próxima edição, se antes disso nossas colaboradoras não forem descobertas e convidadas a se retirarem da Ilha.

Papo de Cumadres - CIDADE ABANDONADA

Publicado em Julho/2007 na coluna Papo de Cumadres do Jornal O Progresso do Vale

A partir desta edição iremos divulgar o turismo das cidades da região, publicando os fatos e a impressão colhida pelas nossas turistas colaboradoras FIFI e FAFÁ; essas moças irão viajar pelas cidades da região e anonimamente, conversando em lanchonetes, feiras, salões de beleza, praias, quiosques, etc...; Irão conversando entre elas o que estão sentindo nesses passeios.
Apresentações à parte, hoje elas estão em Ilha Comprida, e vamos ouvir o que estão conversando.

- Nossa Fifi veja que praia linda! Mas cuidado que esta cheia de lixo!
- É mesmo Fafá, bem que a Prefeitura podia limpar isto de vez em quando.
- Vamos sair daqui e vamos dar umas voltas por ai.
- Cuidado Fifi, senão os urubus vão bicar a gente.
- É mesmo Fafá veja como eles brigam pelo lixo.
- Também com tanto lixo espalhado nas ruas tem de juntar urubu mesmo.
- Sabe, ontem estive na manicura e ela me falou que não estão recolhendo o lixo por falta de combustível.
- Verdade Fifi?
- Me falaram até que teve um balneário que pagou um carrinheiro, sabe aqueles que andam catando sucata com carrinho de mão, para que ele recolhesse todo o lixo do bairro e transportasse até o portão do pátio da Prefeitura.
- Ué, mas e o Prefeito? O que ele fala disso? E aqui não tem Vereadores?
- Ter até que tem Fafá, mas eles lá estão preocupados com isso?
- É Fifi, os Vereadores deveriam cobrar uma solução do Prefeito.

Continua na próxima edição.

O Reino de Guaracangalha XXIX - TEATRO DE FANTOCHES

Publicada em Abril/2003 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Conta a estória, que na época da carochinha existia uma lei que obrigava a todos os reinos da época de quatro em quatro anos, a montarem um circo para o povo. Alguns montavam belos circos, com vários e bons artistas, outros não tão belos assim mas também tinham seus artistas, e no Reino de Guaracangalha também não era diferente, Guaracangalha também montava seu circo. Mas (como sempre temos o mas) como a Rainha Tirana não gostava de circo, mas era obrigada a cumprir a Lei, ela montava um circo de fantoches e colocava o seu fantoche preferido, e como não poderia ter espetáculo com apenas um fantoche, ela contratava algumas marionetes e outros pequenos fantoches para servirem de escada para seu fantoche mestre. E com isso ela conseguia atender a Lei e sempre iludir os seus súditos apresentando um belo espetáculo, onde o fantoche mestre se exibia todo garboso junto as marionetes e os pequenos fantoches que se esperneavam, mas colocavam seus ombros para servir de escada para que o fantoche mestre pudesse subir, e o mais interessante na época, é que as marionetes e os pequenos fantoches pensavam que pudessem chegar ao topo do palco, e se engalfinhavam para subir uns nos outros, e tentar subir, mas com a luta deles o fantoche mestre aproveitava a bagunça que se formava e passando por cima e usando essa bagunça como escada ia subindo calmamente ao topo do palco, e quando essas marionetes e pequenos fantoches percebiam o que ocorria já era tarde, o fantoche mestre já estava calmamente sentado no topo do palco, e os outros se encontravam no mesmo lugar que começaram e como sempre teriam de esperar mais quatro anos para tentar chegar ao topo e tirar o fantoche mestre de lá. Ainda não descobri se um dia essas marionetes e pequenos fantoches acordaram e viram que se eles se unissem e um ajudasse o outro, eles conseguiriam fazer uma escada por onde um deles pudesse subir e chegar antes do fantoche mestre (ele ficaria sem escada para subir) ao topo da escada. Ainda tentarei pesquisar e descobrir se eles chegaram lá, ou ficaram para sempre servindo de escada.

O Reino de Guaracangalha XXVIII - O FIM DOS CAMPONESES

Publicada em Abril/2003 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

A Rainha Tirana vendo que os camponeses do reino viviam felizes comercializando
seus produtos no mercado, e como ela não gostava de pobre, resolveu acabar com o mercado do reino, tirando o ganha pão desses camponeses; depois de algum tempo vendo que eles continuavam comercializando seus produtos, só que agora nas tendas da feira, resolveu que era hora de acabar de vez com o sustento de suas famílias, simplesmente mudando a feira de dia e lugar, e o que foi pior proibindo o comércio dos mercadores que vendiam coisas usadas.
Mas não ficou só nisso, com suas medidas, e cobrança de altas taxas ela praticamente proibiu o pequeno camponês que tinha sua rocinha de vender seus produtos.
A estória não conta corretamente os fatos, porque muita coisa se perdeu no tempo, mas tem algumas versões que dizem que ela gastou uma fortuna na construção desse local para a feira, mas o mesmo não pertencia ao reino, e sim a um reino vizinho que acabou pegando de volta o local, para construção de seu depósito, trazendo um grande prejuízo para os cofres do reino de Guaracangalha.
Mas apesar de ser o reino da fantasia todos os “causos” aqui narrados aconteciam, por um simples motivo, a maioria dos Conselheiros do reino eram fã daquela frase de uma famosa musica que dizia assim: “vem meu cachorrinho, a sua dona esta chamando”.
E com isso todos se locupletavam nas tetas do poder.
E quando aquele “grande” Conselheiro e “grande” Ministro, resolveu voltar a
ser preceptor? Será que a teta havia secado?

o reino de guaracangalha XXVII - MAZELAS

Publicada em Janeiro/2003 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Hoje vamos continuar citando as “grandes” obras da Rainha Tirana e seu séqüito.
Vendo que o povo aguardava a diligência em pontos não expostos ao sol e chuva, em virtude de serem todos em pontos comerciais, ela como não andava de diligência por ter sua própria carruagem, resolveu trocar todos os pontos de paradas, e obrigou o povo a aguardar as diligências em locais totalmente desabrigados, tomando o sol forte do verão e também as grandes pancadas de chuva que caiam no fim do dia; mas como sempre o povo achava que ela estava certa, e com isso ela continuava usando e abusando de seu poder de Rainha.
A Rainha Tirana também vendo o risco que era os menores do reino nadarem no Rio que cortava a Cidade, resolveu colocar placas e guardas a fim de impedir que os mesmos pulassem no rio, mas..., como sempre existe o mas, ela resolveu construir uma ponte ligando o nada ao lugar nenhum, mas... (de novo o mas) ela interrompeu a construção e ficou um esqueleto de ponte, bem alto por sinal, sobre o rio, e como sempre as crianças descobriram que esse esqueleto de ponte servia de trampolim, e em vez de nadarem em um local mais tranqüilo, passaram a pular dessa ponte, e com isso vimos que realmente a Rainha Tirana estava preocupada com seus súditos.
E as tendas dos mercadores continuavam a atrapalhar o trânsito da cidade, porque a Rainha calculou mal e pensou que homens e mulheres pudessem usar o mesmo banheiro no local destinado à feira semanal. (mas e quando ocorriam festas, todos usavam o mesmo banheiro?).
A Rainha também vendo que o trânsito de carruagens e diligências no centro do reino estava confuso, onde estava se tornando impossível de estacionar ou transitar, ela pensando (como já disse antes, ela também pensava) resolveu contratar uma empresa para estudar as mudanças no trânsito do reino, após muito dinheiro gasto e um ano após, tudo continuava como antes, nada mudou, mas o dinheiro foi gasto, e o trânsito estava cada dia pior.
E enquanto a Rainha Tirana governou, o povo foi enganado e tripudiado.

o reinode Guaracangalha XXVI - AS GRANDES OBRAS

Publicada em Julho/2002 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Após um tempo afastado do reino da fantasia, voltamos a contar as loucuras da Rainha Tirana; Nesta edição iremos escrever sobre as obras inacabadas no reino, obras essas que comeram muito dinheiro do povo, mas durante muito tempo não serviram para nada.
1) A Rainha vendo que o movimento de diligências estava aumentando muito, inclusive chegando a causar congestionamento na principal estrada do reino, ela pensou (ela também pensava) e resolveu que iría construir um posto de troca na entrada do reino.
Discutiu-se no Conselho do reino, e após muitas confabulações, chegaram a um acordo, e autorizaram a Rainha Tirana a construir seu posto de troca, tendo a mesma, mandado seu Ministro para obras inacabadas, providenciar a construção; Após muito tempo de obras, e muito desperdício de dinheiro público, concluiu-se o tão sonhado Posto de troca.
Mas incrível, o Posto não funcionava, dois anos após sua construção continuava abandonado, ninguém nunca explicou o porque, uns diziam que as diligências não cabiam nas baias, outros diziam que as mesmas ao manobrar poderiam cair no rio, outros diziam que era porque os passageiros teriam de embarcar na chuva porque o telhado era muito curto.
Mas o principal era que o dinheiro público foi usado, a obra continuava abandonada, e o transito de diligência continuava a perturbar os charreteiros, carroceiros e cavaleiros do reino.
2) O Reino sofria em dias que se realizava a feira, em que os mercadores montavam suas tendas atrapalhando o transito e moradores do local, como também o transito nas estradas próximas, e novamente a nossa Rainha Tirana pensou (já falei que ela pensava?) e resolveu construir um local para que os mercadores pudessem montar suas tendas sem atrapalhar a vida normal do Reino, novamente consultou- se os Conselheiros, e após aprovação dos mesmos, ela pediu ao Ministro das obras inacabadas para construir o local, novamente após muitas despesas e perda de dinheiro do povo, o local foi construído.
Mas como sempre, muito tempo depois o local continuava abandonado, mesmo tendo servido de palco de festas, e os mercadores continuavam a atrapalhar o movimento normal do reino.
3) Mas como as loucuras da Rainha Tirana não paravam, e ela tinha de satisfazer sua megalomania, ela resolveu construir mais uma ponte que ligava o nada a lugar nenhum (ela já havia construído uma), novamente ela chamou seu ministro de obras inacabadas, e ordenou ao mesmo que providenciasse a construção, e como sempre após muito dinheiro jogado fora, ficou um esqueleto de ponte, servindo de abrigo de desocupados e motel ao ar livre, realmente um lugar ótimo para a pratica de atividades sexuais, com a luz da lua e o barulho das águas do rio.
Apesar de estarmos afastados a algum tempo, continuamos a mostrar para nossos leitores as loucuras cometidas pela Rainha Tirana no Reino de Guaracangalha.

O Reino de Guaracangalha XXV - TRÂNSITO EM GUARAREMA

Publicada em Abril/2002 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Nesta edição continuaremos escrevendo sobre assuntos que afetam mais diretamente
a vida de nossa comunidade, e vamos deixar o reino da fantasia para uma outra edição. Vamos ao assunto de hoje:


Quem circula (a pé ou de carro) diariamente por Guararema pode verificar que o transito em nossa cidade esta se tornando complicado, como se diz, esta com ares de cidade grande, tem hora que é muito mais fácil atravessar uma rua em Mogi das Cruzes, ou mesmo dirigir em Mogi das Cruzes, do que em Guararema.
Tem hora em que o pedestre tem de aguardar muito tempo para atravessar a Av. Dona Laurinda, a Rua Dezenove de Setembro, Praça nove de Julho, etc..., isso porque não existe um semáforo para que os veículos dêem vez ao pedestre.
Temos também o fato dos maus motoristas (pessoas que deveriam zelar pelo transito de nossa cidade) que não respeitam as sinalizações de transito, como as placas de preferencial, proibido estacionar e mesmo placa de contra mão; diariamente vemos veículos entrando na contra mão na Pç. Cel. Brasilio da Fonseca (Pç. Do Coreto), diariamente vemos também pessoas que estacionam na fila dupla defronte a Banca de jornal, e é só olhar nas ruas e veremos carros estacionados no ponto de táxi da pç. Cel. Brasilio da Fonseca, ou em outros locais onde existem placas de proibido estacionar, inclusive defronte ao Banco do Brasil, onde um alto funcionário da Prefeitura estaciona seu JEEP na contra mão de direção e em local proibido, e a fiscalização de transito nada faz, não porque não quer, mas é que é totalmente insuficiente para fiscalizar duas praças e três ruas paralelas.
Agora vejo uma noticia no outro jornal, dizendo que a partir do segundo semestre teremos melhorias no transito, com mãos de direção, regulamentação dos locais de estacionamento. Pergunto: De que adianta se não existe fiscalização, ou quando existe é insuficiente ou não conhece as leis de transito? Falo isso porque outro dia queriam me multar porque estava estacionado em uma faixa amarela, só que não existia nenhuma placa regulamentando a faixa amarela, inclusive quando o guarda procurou não achou, mas falou que não podia e pronto; então se eu pintar as guias em frente de casa de amarelo é proibido estacionar? Mas acredito que não é bem assim, toda guia amarela tem de ter uma placa de regulamentação.
Então não adianta sinalizar a Cidade se não multar quem não respeitar, não importa se é um alto funcionário da Administração, ou mesmo a Senhora Prefeita que já entrou com seu Vectra e estacionou na contra mão na Pç. Cel. Brasilio da Fonseca; não respeitou a lei de transito tem de multar e pronto, não é dar tapinha nas costas e tudo bem, e tem ainda de instruir bem os agentes de transito para que conheçam, cumpram a lei e não cometam injustiça.

O reino de Guaracangalha XXIV - CARNAVAL, BENEFÍCIO OU MALEFÍCIO?

Publicada em Fevereiro/2002 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Nesta edição continuaremos escrevendo sobre assuntos que afetam mais diretamente a vida de nossa comunidade, e vamos deixar o reino da fantasia para uma outra edição, porque a fantasia é interessante, e faz bem ao espírito, mas quando estão ocorrendo fatos que afetam mais diretamente a nossa cidade, devemos deixar de viver de fantasia e encarar a realidade nua e crua. Mas vamos ao assunto de hoje:
Tivemos os quatro dias de folia na recém inaugurada área de lazer do conjunto habitacional, causando muita alegria e descontração, principalmente para o pessoal de fora, e algum lucro para algumas pessoas que se aventuraram a vender alguma coisa para os foliões, tudo muito bonito, alegre, divertido; mas... (como sempre existe o mas) será que vale a pena?
Quanto a Prefeitura gastou para realizar essa festa?
Será que com esse dinheiro não daria para ter construído algumas salas para abrigar as crianças da 1ª à 4ª série que estão de favor na Escola Ivan Brasil?
Será que compensa agradar alguns e perturbar todos os moradores do bairro Nogueira, Rua Pedro de Toledo e Rua Dr. Armindo, enfim toda região, com um barulho infernal que impediu a todos de dormirem nesses dias, sem se preocupar com idosos e doentes? Fora isso tivemos ainda o problema de menores, com idade variando de 11 a 15 anos, se embebedando a olhos vistos, tomando cerveja e mesmo bebidas com alto teor alcoólico, vendidas abertamente a qualquer criança, porque o que importava era o lucro.
E o mais incrível é quando nossa Prefeita vem aos jornais e a televisão, dizer que tivemos um carnaval bem família e sem violência, mas e as brigas?
Tivemos briga todos os dias no local da festa e mesmo em outros pontos da cidade, chegando ao cumulo de ter uma briga atrás da outra, popularmente dizendo, uma briga a cada cinco minutos, causando transtornos até para quem estava sossegado em casa, inclusive tendo casa invadida por arruaceiros, e se isso não é violência, o que é então?
Quando vemos a Srª Prefeita dizendo que temos que fechar os bares às 22 horas para coibir a venda de bebidas a menores e reduzir a violência, até pode parecer lógico, mas não é, porque em Guararema não temos violência causada pelos bares abertos; mas e porque o carnaval, ou aqueles shows na rua pode ficar até tarde perturbando que não gosta? Porque não adianta não ir até o local de lazer, esses shows perturbam toda a região, inclusive quem está em casa tranqüilo e quer ter sossego, enquanto no bar só vai quem quer, basta proibir som após as 22 horas, e o bar não irá perturbar ninguém, enquanto o show com o som alto, prejudica praticamente toda a cidade, o som do carnaval atingiu o bairro de Luiz Carlos (8 km do local).
Temos ainda o fato de muitos estranhos na cidade que vem apenas para sondar e voltar para roubar depois. Será que vale a pena?
E a Lei do comércio, como anda?
Cadê a Associação Comercial de Guararema, que não se preocupa com o que está acontecendo com o comércio de nossa cidade?
Vamos acordar.

O Reino de Guaracangalha XXIII - LEIS ABSURDAS

Publicada em Dezembro/2001 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Após ter tirado umas pequenas férias, estamos de volta, só que hoje não iremos escrever nada do Reino da fantasia, mas vamos escrever um pouco das aberrações aprovadas pela Câmara Municipal passada, (e que a Prefeitura está querendo cumprir), a qual estava em fim de mandato e era totalmente capacho da Administração, porque para aprovarem umas Leis absurdas somente sendo totalmente subserviente. Mas vamos lá:
Artigo 16º Diz que todo terreno deverá ser mantido limpo. Ótimo, mas o Parágrafo 1º conclui: A capinação deverá ser realizada pelo menos três vezes ao ano, e toda vez que for julgado necessário, a juízo da autoridade competente. (e se a autoridade não for com sua cara e achar que você deve capinar toda semana?)
Artigo 35º Diz: As residências deverão receber revestimento adequado nas partes internas e externas, sempre que seja necessário,... e ainda o Artigo 36º conclui: A prefeitura poderá declarar insalubre toda construção ou habitação que não reúna condições de higiene indispensáveis, podendo, inclusive, ordenar sua interdição ou DEMOLIÇÃO. Pergunto: e as casas de bloco ou tijolo à vista? E ainda se não tem higiene, é só limpar e não DEMOLIR.
Artigo 73º Parágrafo único: Sempre que necessário, a juízo da fiscalização sanitária, os estabelecimentos deverão ser pintados ou reformados. Volta a pergunta: e se o fiscal não for com sua cara, e pedir uma reforma todo mês ? e se tem Alvará é porque a construção reuniu as condições obrigatórias, não sendo mais necessário reforma.
Artigo 123º: Não é permitido banho nos rios e ribeirões do município. Sem comentários.
Artigo 254º: Estabelece horários para o funcionamento do comércio, e no item II letra a diz: para o comércio de modo geral abertura ás 8:00 h (oito horas) e fechamento às 19:00 h (dezenove horas).
Artigo 255º: Os estabelecimentos comerciais, mediante requerimento à Prefeitura, e desde que ela não julgue inconveniente, poderá ter autorização para funcionar após as 19:00 horas. Retorna a pergunta: e se ela não for com sua cara?
Artigo 287º parágrafo 1º - Cassada a licença, não poderá o proprietário do estabelecimento durante o período de 3 (três) anos, obter outra para o mesmo ramo de atividade, salvo se for revogada a cassação. Pergunta: E se ele teve a licença cassada pelo prédio não ter condições de abrigar aquele tipo de comércio, e ele alugou outro que reúna todas as condições necessárias? Ficará ainda na dependência da Administração ir com a cara dele? Se ele cumpriu as exigências da Lei a Administração não tem a obrigação de deixá-lo trabalhar?
Como podem ver essas são apenas algumas aberrações aprovadas pela legislatura passada, tem muito mais como, é proibido carregar galinha viva pelos pés, mas vamos a questão principal que é o sofrido comércio de nossa Cidade. Guararema sendo uma Cidade que se diz turística, deveria permitir o funcionamento do comércio em qualquer horário, desde que dentro de algumas regras, não ao bel prazer da fiscalização ou da administração, porque sempre que diz a critério da fiscalização ou da Administração, gera duvidas e caminhos para apaniguar algumas pessoas, perseguir outras, comprar votos e mesmo levar bola (propina); devesse isso sim estabelecer regras, e quem quiser funcionar é só cumprir todas as exigências e pronto, não escutar picuinhas de vizinhos ou carolas que não tem o que fazer e ficam se preocupando com a vida dos outros, quando tiver denuncia de barulho basta aplicar o código de postura (Artigo 126º) ou a lei do silencio e pronto; e com isso estaremos gerando muito mais empregos que doando terrenos para industrias, porque teremos o comerciante, sua família e alguns empregados trabalhando, cada comércio aberto após as 19:00 horas estará gerando no mínimo três (3) empregos fora a família do proprietário. A Kautex com toda despesa dada ao município gerou apenas 14 empregos, cinco comércios abertos após às 19:00 horas geram muito mais que isso, e sem despesa.
Temos também a questão dos prazos que a Prefeitura leva para liberar um Alvará, porque de acordo com o fiscal enquanto não sair o Alvará o comerciante não pode abrir suas portas, só que para abrir a firma ele é obrigado a já ter alugado o ponto, e com isso o aluguel esta correndo, chegando o dia deverá ser pago; conheço casos em que a Administração já levou mais de 6 (seis) meses, isto é venceu o ano (o Alvará é anual) e ela não respondeu, com isso de acordo com a Lei a pessoa não pode abrir o comércio.
Será que foi falta de propina? Não sei.
Atualmente temos diversos casos de pedido sem resposta, e o comerciante está fechado, perdendo a mercadoria e pagando aluguel.
Lembro a alguns anos atrás vinha a noite para cidade esperar minha filha que vinha de Mogi no ultimo ônibus, e via varias pessoas na praça esperando alguém que viria no ultimo ônibus. Pergunto: porque na praça? Resposta: na praça tínhamos movimento, graças aos comércios abertos a meia noite. Comércio aberto a noite traz segurança, se todos fecharem, as ruas ficarão desertas quando os jovens vierem da escola, facilitando a vida de assaltantes ou estupradores.
Por isso eu digo: A Srª Prefeita deveria se preocupar com coisas maiores do que ficar ouvindo picuinha de carolas (se elas estivessem em casa a noite não veriam os bares abertos) ou mesmo acreditando em concorrentes dos bares, que são os dogueiros, e principalmente um apaniguado que fica fazendo fofoca para poder faturar mais, porque ele geralmente vira a madrugada, e estando os bares fechados ele vende mais.
Cadê a Associação Comercial de Guararema que não se preocupa com o que está acontecendo com o comércio de nossa cidade?
Vamos acordar!!!

O Reino de Guaracangalha XXII - A GRANDE VITÓRIA

Publicada em Agosto/2001 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Neste capítulo vamos deixar um pouco de lado o Tribunal de Inquisição, e vamos falar um pouco sobre assuntos variados, que continuavam ocorrendo no Reino de Guaracangalha. Tivemos o fato do Arauto da Rainha, ter partido com tudo para o ataque dos membros do Tribunal de Inquisição, inclusive ofendendo moralmente um de seus membros, usando trocadilhos com seu nome, e assinando como “Zé do Brasil”, esquecendo-se que no dito da época, Zé do Brasil significava sujeito sem pai nem mãe; falando que esse Conselheiro largou o emprego para viver as custas dos cofres do tesouro real, se esquecendo que um dos mais fiéis seguidores e Ministro da Rainha Tirana, largou o emprego de preceptor, para viver apenas as custas do tesouro real, que o Ministro da Saúde a muito tempo não trabalhava, e igualmente vivia as custas do tesouro real, e tivemos ainda o Príncipe Maquiavélico que nunca trabalhou, sempre viveu as custas do tesouro real, e tivemos ainda o Arauto da Rainha, que também viveu muito tempo as custas do tesouro real em troca das mentiras que apregoava ao povo, isto é: tal qual os vampiros viviam as custas do sangue do povo de Guaracangalha. Talvez era por isso que na época a despensa real comprava tanto alho, era para que o povo não tivesse para comprar e com isso ficassem impedidos de espantar os vampiros do reino.
Outro fato incrível ocorrido no Reino de Guaracangalha, foi a participação do Reino nos jogos realizados em um reino próximo, onde teve participantes de todos os reinos da região, e Guaracangalha se preparou bem para esses jogos, contratou preceptores de fora a peso de ouro, nomeou um Grande Ministro para Ministro dos Esportes, afinal o Reino precisava mostrar lá fora que estava bem preparado, e nada melhor do que ter um Grande Ministro, tal qual os reinos mais poderosos.
Após o término dos jogos, quando fomos conferir os resultados, vimos que graças ao Grande Ministro, o Reino de Guaracangalha conseguiu o feito de conquistar o último lugar na disputa, ficando atrás de muitos reinos que são muito menores, bem mais pobres, e não tem ministros dos esportes e preceptores pagos a peso de ouro.
Mas como o Reino de Guaracangalha e outros reinos da época são apenas parte do imaginário do autor, tudo é possível, Ministro de obras que não é engenheiro, Ministro da Saúde que não é médico (onde já se viu uma mulher ter de submeter ao vexame de pedir ao ministro da saúde uma guia para fazer exame ginecológico?) a Rainha como mulher deveria ter pensado nisso, Ministro da Promoção Social que não é assistente social, mas como na imaginação tudo vale, vamos imaginar que esta tudo certo.
“Deus salve a Rainha”.

O Reino de Guaracangalha XXI - TRIBUNAL DE INQUISIÇÃO

Publicada em Maio/2001 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Como mostrado nos capítulos anteriores, a Rainha Tirana sempre mandou e desmandou a seu bel prazer, sempre fez o que quis, e nunca deu satisfação a ninguém, administrava o patrimônio publico como se fosse a cozinha de sua casa (deve ser efeito de suas origens), sendo que ela perdeu a maioria dos Conselheiros, assim o Conselho de legisladores passou a cumprir a sua real função que era fiscalizar a Rainha e seus ministros.
E iniciando suas atividades o Conselho criou um tribunal de inquisição, para julgar os atos cometidos pela Rainha quando ela contratou a construção das estradas do reino, onde foram pagas com dinheiro público obras não executadas, ou quando executadas e pagas, feitas com material bem inferior ao contratado; com isso a Rainha Tirana jogou fora dinheiro do povo, pensando que era dela. Para não alongar muito, nos próximos capítulos iremos mostrar o desenrolar desse julgamento.
Continuando com as loucuras reais, tivemos também o caso em que o príncipe maquiavélico, com sua sede de poder, pela segunda vez mandou um de seus asseclas (só que para piorar esse era Conselheiro) invadir a casa de seu opositor, mandou que o assecla usasse o mesmo modo tentado anteriormente, entrasse pelo telhado, e quando estivesse lá dentro abrisse a porta para o príncipe e seus capachos destruírem o mobiliário da casa.
Mas como anteriormente o golpe foi descoberto, e os invasores tiveram que correr com os rabos entre as pernas, procurando outras casas para invadirem.
Mas é engraçado, será que eles não aprendem a lição? O que era engraçado é que até os ministros metiam os pés pelas mãos, onde já se viu ministro fazer indicação, quem indicava eram os conselheiros, os ministros tinham obrigação de verificar irregularidades em sua área e executar as devidas correções, mas o que víamos era ministro agradecendo a rainha por ela atender (????) suas indicações.
Mas como o Reino de Guaracangalha e outros reinos da época são apenas parte do imaginário do autor, tudo é possível, Ministro de obras que não é engenheiro, ministro da saúde que não é médico, ministro da promoção social que não é assistente social, mas como na imaginação tudo vale, vamos imaginar que está tudo certo.

O reino de Guaracangalha XX - NOVOS TEMPOS II

Publicada em Fevereiro/2001 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Como narramos anteriormente, os novos Conselheiros derrotaram o indicado da Rainha para Presidente do Conselho, e conseguiram eleger um Presidente do Conselho contrario a Rainha e seus desmandos. E com isso o Conselho passou a ser mais independente, tendo inclusive um Conselheiro pelego, sugerido aos outros Conselheiros, que deveriam sim fiscalizar a Rainha, mas não muito, isto é fazer de conta que fiscalizavam, porque eles foram escolhidos para isso, e teriam de justificar o soldo, mas não fiscalizassem nada, a deixassem fazer o que bem entendesse, como ela sempre fez.
Mas como sempre, ele se tornou foi motivo de piadas entre os Conselheiros e entre o povo nos jardins e tavernas do reino. Como sempre a Rainha tem seus momentos de lucidez misturados com loucura, ela proibiu o teatro mambembe nos jardins do reino, alegando falta de estrutura e segurança, mas permitiu o entrudo, que é muito mais arriscado e violento. Porque um é seguro e o outro não?
O reino de Guaracangalha, deveria ter ficado muito mais seguro, porque na época a Rainha nomeou um Ministro da Segurança do Reino, mas de nada adiantou, os carroceiros, inclusive alguns que deveriam cuidar da segurança, continuaram a trafegar na contra mão, estacionar as charretes na fila dupla, menores continuaram dirigindo as charretes e até carruagem de entregas, continuaram a estacionar em local proibido atrapalhando os outros charreteiros, e tudo continuou na mesma, e o que é pior em pleno jardim central onde o ministro da segurança colocou um espião; e o povo ficou perguntando: para que? Só se era para inibir os namorados que se beijavam no jardim? Só poderia ser, porque as brigas continuaram acontecendo, e o desrespeito continuou.
Mas estava tudo bem, afinal o povo tinha um ministro da segurança e seus espiões. Isso já era muito importante.
Igual a um outro reino, onde o ministro da segurança falou que não existia criminalidade, o povo é que achava que existia.
Nos próximos capítulos continuaremos a mostrar o trabalho desenvolvido pelos Conselheiros do Reino e não Conselheiros da Rainha.

O reino de Guaracangalha XIX - NOVOS TEMPOS

Publicada em Janeiro/2001 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

A Rainha Tirana continuando com suas loucuras, resolveu criar os cargos de Ministros da Rainha e, como todo reino que se preza, um Ministro só não bastava, então ela resolveu logo criar dez (10) cargos de Ministros.
Para ocupar esses cargos, chamou os Conselheiros que haviam sido derrotados no plebiscito, entre eles o Grande Conselheiro e seu fiel escudeiro.
O mais engraçado é que em Reinos muito maiores e mais populosos, tinham menos Ministros, inclusive havia Reinos que para conter despesas e enxugar a máquina administrativa, os Reis estavam reduzindo estes cargos.
Por que em um Reino tão pequeno teve de se criar cargos e não reduzi-los?
Muito simples: foi para apaniguar e dar emprego aos derrotados no plebiscito, usar de nepotismo e nomear seu filho e mais alguns amigos.
Mas ainda bem que o povo soube escolher e no plebiscito renovou o Conselho, colocando Conselheiros mais comprometidos com o povo, não Conselheiros que apenas recebiam e cumpriam ordens da Rainha, esquecendo que a função do Conselheiro é fiscalizar a atuação da Rainha e de seus Ministros.
Logo no início de seus trabalhos, os novos Conselheiros derrotaram o indicado da Rainha para Presidente do Conselho e conseguiram eleger um Presidente do Conselho contrário à Rainha e seus desmandos.
Nos próximos capítulos iremos mostrar o trabalha desenvolvido pelos Conselheiros do Reino e não Conselheiros da Rainha.

O Reino de Guaracangalha XVIII - O PRESENTE DE NATAL

Publicada em Dezembro/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Estamos de volta com nosso reino da fantasia, onde imperavam a Rainha Tirana e o Príncipe Maquiavélico, que tudo faziam, para ludibriar e comprar seus súditos.
Após o resultado do grande plebiscito, onde os súditos despacharam a maioria absoluta dos Conselheiros da Rainha, criou-se uma confusão total no corte, com cada derrotado querendo punir os súditos de uma maneira, após muito pensar (?)
Resolveram criar uma série de Leis para aborrecer e punir o povo, principalmente os mercadores do reino, que com essa série de Leis, ficaram de mãos atadas, tendo de dizer amém a todos os atos da Rainha e seu séquito, sob pena de não poder trabalhar no reino, mesmo estando a trabalhar corretamente. Essa situação foi possível porque as regras eram muito subjetivas e mantidas sob o controle da corte. Vejamos alguns artigos:
As desordens, algazarra ou barulho verificado em um estabelecimento, poderá causar a cassação da licença. (até que limite é permitido ?)
Queimar lixo, mato ou objetos dentro de terrenos, em quantidade que possa causar incômodo. (qual é a quantidade permitida ?)
Proibido despejar águas servidas nos rios e ribeirões do reino. (será que o povo teria de beber a água suja ?)
Todos terrenos baldios, mesmo com muros de 2 metros de altura, deverá ser capinado e limpo pelo menos três (3) vezes por ano, e toda vez que a Rainha achar que deve ser limpo.
Onde houver rede de água fica terminantemente proibido a manutenção de poço. (salvo autorização da Rainha em casos especiais). A casa poderá ser considerada insalubre, quando morar nela um número maior de pessoas do que sua capacidade (Qual a capacidade?). A casa considerada insalubre poderá ser interditada ou demolida pela Rainha. Os casos que apresentarem dúvidas de interpretação serão resolvidos pela Rainha, após ouvir seu séquito.
Mas apesar de tudo isso, a corte ainda não estava contente e resolveu aumentar um pouco mais os impostos.
Realmente ela resolveu agradecer ao povo que a manteve no cargo, dando a ele esses belos presentes de Natal.
Nos próximos capítulos iremos falar mais sobre essas aberrações.

O Reino de Guaracangalha XVII - DESPERDÍCIO

Publicada em Novembro/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Ao se aproximar o dia do plebiscito, a Rainha Tirana e seus conselheiros, passaram a gastar verdadeira fortuna para tentarem se manter no poder, pintando centenas de carruagens com seus nomes, escrevendo em quase todas as choupanas do reino, colando avisos nas portas dos casebres, enviando seus arautos para todos os recantos do reino pregando mentiras e usando ameaças, tudo para iludir o povo.
O pior de tudo isto mesmo é que a Rainha Tirana usava o dinheiro do povo para divulgar e mostrar mentiras, enganava, iludia, mas mesmo assim o povo ainda, devido suas fragilidades, acabava acreditando.
Após a realização do plebiscito, onde o povo novamente foi comprado com promessas, cestas básicas e iludido com muita propaganda, o resultado foi a opção pela continuidade dos desmandos da Rainha Tirana, mas felizmente, na mesma oportunidade resolveram tirar alguns capachos e eternos Conselheiros, substituindo-
os por novos Conselheiros mais ligados às causas populares.
Como em todas as estórias da carochinha, quem tem fada madrinha sempre se dá bem, esses Conselheiros que foram derrotados e perderam a boquinha, ficando sem trabalho, foram apadrinhados pela Rainha Tirana, que lhes arranjou uma colocação, podendo assim usar seus capachos quando bem lhe conviesse, inclusive seu puxa saco mór, que foi fragorosamente derrotado, continuou sendo o arauto oficial do reino.
O que causou tristeza na época foi ver que teve Conselheiro que realmente defendeu os interesses do povo, que não foi capacho da Rainha Tirana, mas não teve seu trabalho reconhecido e não conseguiu se manter no cargo talvez porque fosse o inverso dos capachos da Rainha Tirana fizeram o possível e o impossível para enganar o povo e tirá-lo do cargo; em contrapartida tivemos a alegria de ver o Grande Conselheiro, que havia abandonado a profissão para ser apenas Conselheiro, ser derrotado por aquele que no último plebiscito o mesmo havia passado para trás.
A vida dá muitas voltas e é preciso não cantar de galo antes da hora, nem comemorar antes da galinha botar o ovo, mesmo que acredite que o ovo seja de ouro. Como escrevi antes o Grande Conselheiro tinha uma fada madrinha, e conseguiu uma boquinha no séquito da Rainha Tirana.
Nos próximos capítulos iremos mostrar como trabalharão os novos Conselheiros.

O Reino de Guaracangalha XVI - O FIM ESTÁ PRÓXIMO II

Publicada em Setembro/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Hoje retornamos ao nosso reino da fantasia onde imperavam a Rainha Tirana e o Príncipe Maquiavélico que tudo faziam, para ludibriar e comprar seus súditos.
Estando próximo ao dia do grande plebiscito, onde o povo iría escolher seus novos governantes, a Rainha Tirana começou a querer mostrar serviço, arrumando as estradas do reino, iniciando a construção de umas poucas choupanas (quando ela havia prometido que em 4 anos construiria muitas), a construção da estalagem, enfeitou os jardins do reino; enfim tentou fazer de tudo para que seus súditos voltassem a escolher os mesmos conselheiros capachos.
O povo clamava por emprego, choupana, comida, educação e saúde.
Se ela queria ter agradado o povo por que não implantou uma horta municipal, e criasse um sacolão onde os produtos da horta municipal pudessem ser vendidos a preço de custo? É que isso não iría aparecer, era preferível plantar florzinhas, e se o povo tivesse fome que comesse as flores dos jardins.
Enquanto o povo clamava por empregos, ela dava circo, assim conseguia ludibriar os pobres coitados.
Na Antigüidade existiu um imperador que também pensava assim, se o povo tem fome vamos dar circo para que ele se distraia e esqueça da fome.
Mas o povo já estava consciente, já conhecia essa Rainha, que nas reuniões onde ia pedir para escolherem seus conselheiros, ela falava que não iría mais prometer nada, apenas ia cumprir o que havia prometido anteriormente, só que se esquecia que o povo não era mais bobo, e que ela teve muito tempo para fazer o que havia prometido e não havia feito.
Quando uma pessoa do povo arrumava um trabalho, e não conseguia executar o serviço para o qual foi contratado, ele era demitido e contratavam outro; com a Rainha Tirana e seu séqüito, também foi assim, o povo contratou (escolheu), pagou durante muito tempo esses maus funcionários (conselheiros), e eles se mostraram uns péssimos trabalhadores, com isso o povo resolveu demiti-los e colocar outros em seus lugares, tentando sempre ter o melhor para o Reino.
O povo aprendeu que quem administra o Reino é a Rainha, e quem fiscaliza são os Conselheiros; por isso era preciso escolher bem quem colocar como Conselheiro,
analisar se ele era independente ou capacho da Rainha Tirana, porque se ele fosse capacho jamais iría fiscalizar nada, mas sim esconder todas falcatruas que a Rainha fizesse, e se ele fosse independente e da oposição à Rainha, realmente iría fiscalizar,
cobrar e exigir que a Rainha cumprisse o que havia prometido. Sempre foi e sempre será assim:
Quando um governante não tem oposição, ele se torna ditador, sabe que pode fazer o que quer porque ninguém irá falar nada; mas quando se tem uma oposição atuante, ele é obrigado a trabalhar corretamente. O povo aprendeu que errar é humano, mas persistir no erro é burrice.

O Reino de Guaracangalha XV - PLEBISCITO CANCELADO

Publicada em Junho/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

A cada quatro anos no Reino de Guaracangalha realizava-se um plebiscito para a escolha de quem ficaria com o trono. É lógico que a rainha e seu filho, príncipe maquiavélico, sempre trapaceiam de forma que plebeus de outros reinos possam atravessar as fronteiras, e no dia do pleito acrescentar seus votos aos da parcela dos plebeus, dominada pela fome e pelo medo das suas perseguições.
No entanto como o mundo estava às portas de um novo milênio, onde a plebe tinha acesso as informações e através dos ‘arautos da democracia’ estava vendo o quanto o reino estava sendo saqueado, a Rainha então, na tentativa de mostrar que estava ao lado da coerência e da democracia, e que não iría usar as jóias da coroa na compra de votos ao plebiscito, resolveu afastar-se do trono às vésperas do pleito, para que o povo a tomasse como uma rainha honesta.
O reino se viu livre da grande tirana. Em seu lugar ficou o vice-rei no comando e o príncipe maquiavélico, que na verdade já manipulava todas as decisões do reino. Porém, o vice -rei com desejo de liberdade, planejou um grande golpe, ao lado da única mulher do conselho de ministros, que há pouco tentara contra o reino e seu golpe foi abafado pelo príncipe maquiavélico. Juntos comandaram então a tomada do reino.
Denunciaram ao povo e ao imperador da justiça todas as falcatruas e maracutaias. A rainha e o príncipe maquiavélico tentaram reagir, rapidamente enviaram mensagens de socorro aos seus comparsas do estado maior, que davam cobertura à tirania. Foi tarde, o golpe foi consolidado e culminou com a tentativa do ministro pistoleiro de matar o príncipe maquiavélico.
A plebe de todo o reino abriu os olhos e revoltou-se contra toda a cambada que lutava para ter o reino aos seus pés. Por ordem do imperador da justiça, o plebiscito forjado foi então cancelado. A rainha foi definitivamente afastada do trono e juntamente com grande parte dos seus conselheiros, foi trancafiada e levada ao calabouço. Por seis longos meses o trono pertenceu ao vice-rei que abriu as portas para a plebe.
Então o novo plebiscito foi realizado e o povo, livre, escolheu seus verdadeiros representantes, aqueles que tanto foram perseguidos pela Rainha tirana, na luta em defesa da plebe enganada e iludida. Com o povo eles governaram, e o reino se transformou em uma cidade livre e próspera, semelhante a outras fabulosas cidades da região. O ‘ministro santinho’, que seria promovido a vice-rei durante o plebiscito, refugiou-se e foi perseguido pela justiça, revoltado formou um bando com os conselheiros que não queriam a liberdade do Reino e armou uma emboscada para o antigo vice-rei, que em sua homenagem recebeu uma grande estátua que o perpetuou na memória do povo como ‘aquele que acordou’ e deu início ao golpe e colocou nas mãos do povo o poder de escolher o seu próprio destino.

O Reino de Guaracangalha XIV - PREPARAÇÃO PARA O PLEBISCITO

Publicada em Maio/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Hoje voltamos ao nosso reino da fantasia, onde imperavam a Rainha Tirana e o Príncipe Maquiavélico que tudo faziam para ludibriar e comprar seus súditos.
Vendo que se aproximava o dia do grande plebiscito, onde os súditos iriam escolher entre permanecer com a Rainha Tirana e todo seu séqüito, ou enxotá-la de volta ao borralho, e proclamar a república, transformando o Reino em uma democracia, onde o povo pudesse realmente opinar e escolher o que era prioritário para eles, e não o que era importante para a Rainha. Então, a Rainha Tirana se sentindo ameaçada tentou enganar o povo mais um pouco, fazendo o que deveria ter feito desde o começo de seu reinado, e o que sempre foi apregoado pelos escribas do reino. Ela teve a idéia(?) de contratar algumas pessoas da plebe para trabalhar no reino, só que com o intuito de enganar o povo mais uma vez, porque isso sempre foi a necessidade maior da plebe e não apenas quando se aproximava o dia e apenas até o dia da grande escolha, com isso, pensando ela, que a plebe contratada a levaria novamente ao trono.
Mas julgando que o povo era burro, ela continuava com sua megalomania de construir jardins, e plantar florzinhas nos domínios do Reino. Porém as choupanas para o povo ela não construía, pensando que se começasse a construir próximo ao dia do plebiscito, ela seria reconduzida ao trono para perpetuar no poder e continuar sempre menosprezando as vontades e as necessidades da plebe.
Mas ela só não contava é que o povo havia aprendido a lição. Quando ela queria conquistar o trono prometeu empregos e choupanas para o povo, e quase no fim de seu reinado nada disso havia sido realizado, sendo a sua grande obra a ponte que ligava o nada ao lugar nenhum.
Nos próximos capítulos iremos falar mais sobre esse plebiscito, e como o povo fez para mudar as condições do reino expulsando a Rainha Tirana, seu séqüito, seus arautos e inclusive alguns bobos da corte.
Esta é uma estória do imaginário do autor, qualquer semelhança com fatos reais, terá sido mera coincidência.

O Reino de Guaracangalha XIII - O ARAUTO E O GRANDE CONSELHEIRO

Publicada em Março/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

A Rainha Tirana e seus Conselheiros, entre eles um “grande” Conselheiro que
havia sido preceptor, e que abandonou a profissão para apenas ser Conselheiro, mas que era tão ignorante que não servia para ser preceptor (acho que foi por isso que ele desistiu) e muito menos para ser Conselheiro, mas como as moedas falam mais alto, infelizmente ele comprou o cargo de Conselheiro da Rainha, mas nunca sabia o que estava falando ou votando.
Mas como ia dizendo, a Rainha Tirana e seus Conselheiros tentavam iludir seus súditos com falsas promessas, e sendo a maior obra daquela época a ponte que ligava o nada ao lugar nenhum, e que consumiu grande soma de moedas do povo, mas que servia apenas para adular o egocentrismo da Rainha Tirana e seus Conselheiros, e iludir uns poucos que acreditavam que aquela seria uma grande obra.
E para tentar enganar mais algumas pessoas eles contratavam arautos a peso de ouro, e entre esses arautos havia um que era o mais voraz de todos, o qual era capaz de vender a própria alma por míseras 30 moedas (tal Judas), ele se intitulava Presidente Robusto Filho de Luccas. Vivia em uma Odisséia constante, era capaz de pisar em amigos, trair, vender a alma, enfim fazia qualquer coisa por mais vil que fosse, sendo um verdadeiro mercenário, o qual topava tudo por moedas, pensando que o povo iría embarcar em sua Onda, mas que na realidade não passava de uma simples marola. Mas para felicidade geral do Reino, a Rainha Tirana, seus Conselheiros e seus arautos, acabaram se afundando na própria lama por eles criada. O povo, e principalmente a Plebe não eram burros como pensava a Corte de Guaracangalha, e via que a Rainha apenas prometia, mas não realizava nada do que havia prometido, tal como havia dito que acabaria com o desemprego do reino, dando 2.000 empregos para seus súditos, ou ainda construiria 600 choupanas, para acabar com o problema de moradia; mas que nada; seu negócio era construir jardins, e ponte que ligava o nada ao lugar nenhum, para que os visitantes de outros reinos, que por ali passavam, se admirassem e voltando para seus reinos falassem:
- Nossa que reino bonito!
Agora pergunto: O que adiantava o povo de Guaracangalha, ter um reino “limpo” e bonito, todo florido, se faltava o principal que era choupana para abrigar a si e os seus, e emprego para sustentarem seus filhos? Ou será que a Rainha Tirana e seus Conselheiros queriam que o povo comesse flores dos jardins e morasse embaixo da ponte que ela construiu (já que não servia para nada mesmo).
Felizmente o povo acordou e expulsou a Rainha Tirana e sua corte, fazendo uma revolução que trouxe paz e prosperidade para todos os moradores de Guaracangalha, implantando uma verdadeira Democracia no Reino, sendo uma das primeiras medidas, a retirada da cangalha do Reino, construção das almejadas choupanas e criação de empregos.
Esta é uma estória do imaginário do autor, qualquer semelhança com fatos reais, terá sido mera coincidência.
No próximo capítulo contaremos como a Rainha Tirana e seus seguidores chafurdaram na lama.

O Reino de Guaracangalha XII - O ENGODO

Publicada em Janeiro/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Hoje vamos contar como a Rainha Tirana e seu séqüito, fizeram para iludir o povo mais uma vez.
Vendo que todos clamavam por empregos, a Rainha Tirana teve a brilhante idéia (de vez em quando ela pensava) de chamar alguns artesãos de outros reinos para se instalarem em Guaracangalha, mas para que eles pudessem vir, ela prometeu-lhes terras e isenção de impostos, enfim toda regalia possível.
Com isso vieram dois ou três e ali se estabeleceram, e realmente cumpriram a promessa, deram uns 30 empregos.
A Rainha Tirana “pensando” que seus súditos eram todos bobos, alardeava através de seu arauto (que ganhava o equivalente a 45 pessoas) que estava acabando com o desemprego em Guaracangalha.
Ela só esqueceu que o povo apesar da falta de incentivo sabia contar, e o que foi gasto (fora a isenção de impostos) daria para se abrir uma frente de trabalho e dar emprego para 200 (duzentas) pessoas ganhando R$ 200,00 (duzentos Reais) durante um ano, e com a isenção de impostos essa frente de trabalho poderia ser durante 10 anos (que foi o prazo que os artesãos tiveram de isenção, isso é ficaram sem pagar impostos), ou ainda se ela tivesse dado incentivo para os mercadores do próprio reino, eles poderiam ter contratado um ajudante, e se cada mercador tivesse contratado um trabalhador, teria sido dado muito mais que 200 empregos, e o que ela economizaria com o arauto poderia ter gerado mais uns 45 empregos.
Isso resolveria o desemprego de Guaracangalha, mas ela não teria a oportunidade de iludir e gozar com a cara do povo, porém isso massageava seu ego e ela tinha orgasmos mentais quando via em torno de seu castelo filas de pessoas implorando por emprego, acreditando que conseguiriam, mas como sempre das milhares de pessoas inscritas, apenas 13 conseguiram a sonhada vaga, o que fazia a Rainha Tirana se sentir mais poderosa, enquanto ela governou, o povo foi enganado e tripudiado.

O Reino de Guaracangalha XI - A PERSEGUIÇÃO

Publicada em Janeiro/2000 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Com meus neurônios totalmente descansados e com a volta de mais um que se encontrava viajando em busca de novas inspirações, no capítulo de hoje iremos mostrar o que a Rainha Tirana e o Príncipe Maquiavélico faziam para tentarem iludir seus súditos.
Vendo que seus opositores e escribas estavam tentando mostrar ao povo as mazelas praticadas por eles, simplesmente mandavam seus lacaios ameaçarem e intimidar, chegando inclusive a perseguí-los com suas carruagens.
Como quem não tem razão, parte para a agressão, eles provocavam e não conseguindo reação, os lacaios tentavam agredi-los nas tavernas, para posarem de vítimas.
Contratavam ainda arautos a peso de ouro, chegando a pagar-lhes sete mil e novecentas coroas, enquanto os arautos dos reinos vizinhos cobravam em torno de duas mil coroas.
E o mais incrível é que seu arauto preferido, aquele que ostentava o número 157, e havia chegado há pouco tempo do reino de Fran Ro, onde esteve hospedado durante algum tempo em uma de suas melhores estalagens, esqueceu de onde veio e que chegou há pouco, começou a atacar outros escribas, esquecendo inclusive de uma breve passagem pelo quarto 32º da estalagem do reino de ITA, onde o mesmo ainda é aguardado para que possa usufruir de suas instalações.
Mas como nesse mundo de faz-de-conta as pessoas esquecem o que aconteceu no dia anterior, tal como fazem os arautos do reino, talvez o povo também esqueça e se deixe enganar por esses lacaios a serviço do poder, que são pessoas que não se importam quem sejam ou o que fazem, desde de que as deixe comer junto e se lambuzar nas tetas do poder, e quanto ao povo que se lixe, enquanto puderem ser enganados e manipulados a tirania se perpetua no poder.
Como no mundo da fantasia tudo é possível, talvez esses arautos acabem caindo do tamanco e se lambuzem na lama criada por eles mesmos (já vi essa frase em algum lugar do passado).
Muitos podem ter achado o capítulo de hoje sem sentido, mas como toda estória da carochinha esta também é sem nexo, apesar de que para algumas pessoas ela possa parecer realidade, e para outras, mais uma fantasia dos neurônios bons do autor, que apesar dos pesares continua a divertir a mente do povo desse ano 2000, o qual esperamos que traga muitas mudanças para nossa cidade.
Até a próxima e um brinde ao que vem por ai.

O Reino de Guaracangalha X - A CURA DO NEURÔNIO

Matéria publicada no Jornal Hora H em Dezembro/1999

Atendendo inúmeros pedidos, e com nossos neurônios de volta aos seus lugares, voltamos a apresentar mais um capítulo do Reino de Guaracangalha, e a saga da Rainha Tirana, pedimos desculpas por não podermos escrever contos dos Irmãos Grimm, porque seria cópia de contos do folclore alemão escrito por Guilherme Grimm e seu irmão Jacob Luís Grimm, ou talvez mesmo cópia do Dicionário alemão (base de toda cultura Germânica) escrito por eles, apesar de nossa Rainha Tirana e seu príncipe Maquiavélico terem muito a ver com o Nazismo Alemão.
No capítulo de hoje iremos contar um mais um pouco de como a Rainha Tirana, brincava e iludia os súditos do reino.
Existia no reino muita falta de emprego e de moradia, e ela para acalmar seus súditos pedia a seus arautos para alardearem que havia acabado o desemprego, porque ela estava trazendo novos mercadores para o reino, e o povo ficava esperançoso, mas na surdina ela não deixava os mercadores virem, o povo esperava em vão, pedia moradia, ela fazia ponte que ligava o nada ao lugar nenhum, porque assim o povo poderia morar em baixo da ponte.
Como o povo tinha fome e faltava abrigo para morar, ela fazia festas e mais festas para iludir seus súditos, chegou a ter a cara de pau de gastar em festas o que daria para construir 150 casas para ser distribuída de graça entre quem precisasse.
Festas e flores esse era o lema dessa Rainha Tirana, de seu filho o Príncipe Maquiavélico e de toda corja que os apoiavam. Quanto ao povo? Ele que se lixe, é fácil de ser enganado pela Rainha Tirana e sua corja. O povo só passou a ter seus direitos respeitados quando conseguiu mandar a Rainha Tirana de volta ao borralho, que era seu lugar.

O Reino de Guaracangalha IX - A FALHA DO NEURÔNIO

Matéria publicada no Jornal Hora H em Novembro/1999

Por uma pequena falha técnica em nossos neurônios, nesta edição deixaremos de apresentar mais um capítulo de nossa estória da Rainha Tirana, e preencheremos o espaço com um breve comentário sobre as notícias publicadas em um outro jornal, deixando bem claro que nada temos contra esse outro jornal, apenas estamos comentando algumas notícias. Bem, vamos a elas:
1 – O fim do desemprego em Guararema.
Lendo essa matéria todos irão acreditar que Guararema não tem mais desemprego. Mas em outra edição, lemos um edital em que estão doando uma área à referida fábrica que virá para Guararema, e vemos ainda que essa fábrica virá apenas daqui a cerca de 390 dias (apenas no ano 2001) isso se nada der errado. Ë realmente acabou o desemprego em Guararema (apenas para os protegidos).
2 – Guararema tem hino e ninguém conhece.
Concordamos, apenas esclarecemos que esse hino foi aprovado e adotado em Agosto de 1999 e cabe ao Poder público divulgá-lo nas Pré e Escolas de nossa cidade. Pelo que sabemos a Administração foi contra a criação do hino e por isso não o divulga, nem mesmo no aniversário da cidade. Agora, quanto criticar a letra talvez
seja pelo fato da letra enaltecer nossa terra e nosso povo e talvez essas pessoas quisessem que a letra fosse assim: “Deus salve nossa graciosa Rainha! Vida longa para nossa nobre Rainha! Deus salve a Rainha! Envia-a vitoriosa, Feliz e gloriosa,
Para reinar por muito tempo sobre nós. Deus salve a Rainha!”
3 – Aprendendo a conviver com a natureza.
Onde dentre outras coisas diz que é preciso os guardas (?) coibirem os “moleques”, “bagunceiros de plantão” que descem o Rio de bóia e ficam nas ilhas fazendo arruaças; outro local que precisa de uma atenção especial é a Cachoeira do Putim, que é “invadida por hippes atrasados a pelo menos 20 anos” que acampam nas proximidades da cachoeira.
Acreditamos que essas pessoas que escrevem isso estão muito mal informadas, porque a Constituição Brasileira em seu Artigo 225 diz: Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida,... e ainda no item XV do Artigo 5º diz: é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens.
Agora apenas uma pergunta: A cachoeira, o rio e as ilhas, não são bens de uso comum, não é do povo, ou será que alguém comprou e não ficamos sabendo?
É as pessoas mudam seus valores! Por que será?
Não percam na próxima edição, capitulo inédito da estória da Rainha Tirana.

O Reino de Guaracangalha VIII - UM MÊS DE FOLGUEDOS

Matéria publica no jornal Hora H em 10/1999

Estando o povo clamando por empregos e pedindo que a Rainha Tirana construísse as choupanas que ela havia prometido, e vendo que o povo estava muito descontente com seu reinado, ela resolveu reunir-se com seu filho o Príncipe Maquiavélico, e seu Conselho de Ministros, para verem o que podia ser feito para acalmar a plebe.
Depois de muito pensarem (?), resolveram dar circo para o povo (igual uma Rainha que teve na França), porque com o povo distraído com o circo, esqueceria das choupanas. Resolveram então que o povo teria um mês de festejos, contrataram arautos a peso de ouro (daria para construir + ou – 20 choupanas), contrataram uma Troupe Mambembe, também caríssima, (daria para construir + ou – 80 choupanas).
Construíram uma ponte que ligava o nada a lugar nenhum, quando poderiam ter se ligado uma região do condado à sua sede, e o que foi pior, mesmo um mês depois da inauguração a ponte continuava fechada, e ainda não havia sido feita uma concorrência (?) para exploração de sua taverna (o que daria para se construir + umas 100 choupanas). No dia do encerramento dos festejos e estando a arena lotada, contrataram milhares de trombetas para alisar o ego da Rainha Tirana e de seu filho o Príncipe Maquiavélico, (daria também para se construir + umas quatro choupanas).
Se somarmos tudo o que foi gasto para se dar circo para o povo, e acalmar o egocentrismo da Rainha Tirana e seu filho, foram gastos em ouro um valor que daria para se construir umas 200 choupanas para o povo, e o que teria muito mais proveito do que o circo, porque as choupanas seriam para sempre, enquanto o circo foi para apenas um mês, ou se quisesse gastar com alguma coisa passageira, também poderia ter ajudado o povo distribuído uma Cesta de Alimento para todas as famílias do Reino durante cerca de 03 (três) meses, ou ainda todas as famílias do Reino poderiam ter tido seis meses de curandeiro de graça. Mas como toda estória da carochinha, a Rainha Tirana e seu filho o Príncipe Maquiavélico, preocupam mais em acalmar seu egocentrismo, do que se preocupar com o povo.

Glossário:
Arautos..........................mensageiros da rainha
Choupanas....................casas simples na Antigüidade
Clamando......................pedindo
Curandeiro...................médico da Antigüidade
Egocentrismo...............que considera a si próprio como centro de tudo
Plebe..............................povo mais pobre
Taverna.........................cantina ou bar
Trombetas.....................instrumento barulhento que anuncia a presença da rainha
Troupe Mambembe.....artistas de circo que viajam

O Reino de Guaracangalha VII - O HOSPITAL

Artigo publicado no Jornal Hora H em 08/1999

No capítulo de hoje iremos contar um pouco de como a Rainha Tirana, tratava com a saúde do povo.
Existia no reino de Guaracangalha um hospital (coisa rara na época, já que os curandeiros iam à casa dos doentes para ministrar suas beberagens), mas Guaracangalha já tinha um pequeno hospital, onde os curandeiros do reino atendiam os doentes. Esse pequeno hospital sobrevivia das doações efetuadas pelo povo, e também dos repasses efetuados pelo tesouro real, dinheiro esse que era arrecadado dos altos impostos cobrados pela Rainha Tirana.
Um belo dia a Rainha Tirana, passou a atrasar esse repasse, e para que os curandeiros pudessem receber pelos seus serviços, o hospital passou a exigir que todo doente que precisasse se consultar com um curandeiro, teria de doar um valor mensal, ou então pagar essa consulta.
Foi quando a Rainha Tirana teve a idéia de assumir o hospital para si, com a promessa de acabar com a cobrança, porque isso era errado e o povo teria direito de ser tratado de graça.
Mas assim que assumiu o hospital passou a alardear aos quatro cantos do reino que agora o hospital estava funcionando como devia, porque ela (a Rainha Tirana) o estava sustentando.
Só esquecia que sempre os arautos estavam apregoando que iría ser realizado alguns banquetes e alguns festivais, para arrecadar dinheiro para o hospital, e depois de realizado os arautos apregoavam que a arrecadação foi um sucesso. Também foi realizada uma festa onde os mercadores foram coagidos pelos lacaios da Rainha a doarem prendas para a festa, e essas mesmas prendas depois foram vendidas para o povo, e por todo reino foi apregoado que a renda seria em beneficio do hospital. O mais incrível de tudo é que o povo (coitado do povo) continuava a ter de doar (pagar) mensalmente ou então pagar a consulta para poder ser atendido pelos curandeiros do reino,
e a Rainha Tirana continuava apregoando através de seus arautos que ela estava sustentando o hospital; mas e as doações do povo não valiam nada? e a renda dos banquetes, dos festivais e das festas para onde ia?
E o povo continuou sem ter saúde gratuita enquanto a Rainha Tirana permaneceu no poder. O povo só passou a ter seus direitos respeitados quando
mandou a Rainha Tirana de volta ao borralho, que era seu lugar.

Glossário:Alardear: Falar com ostentação; Arautos: Mensageiros do Reino; Beberagens: Remédios de ervas; Coagidos: Obrigados, Forçados; Mercadores: Comerciantes; Apregoados: Divulgado; Banquetes: Festim, Refeição cerimoniosa; Borralho: Cinza, Fogo quase extinto na cozinha; Curandeiros: Aquele que trata de doenças; Repasse: Dar o que foi arrecadado.

O Reino de Guaracangalha VI - MEDUSA

Artigo publicado no Jornal Hora H em 07/1999

Por se tratar de uma história do imaginário muita gente gostaria de saber qual é a cara da Rainha Tirana. Aquela que navega nos pesadelos dos plebeus do Reino de Guaracangalha.
Todos devem conhecer a Medusa, aquela da mitologia grega, que possuía em volta de sua cabeça várias cobras, que transformava em pedra todos que a olhasse.
Pois bem, a Rainha Tirana é semelhante. Possui em sua volta várias cobras venenosas. Umas nem tanto, apenas destilam o veneno das mais perigosas, que em sua sede ameaçam picar até mesmo a Rainha. Porém, ao contrário da medusa, aquele que for chamado à frente da Rainha Tirana e suas cobras, não se transforma em pedras, transformam-se em Bonecos. Respondem a todas as ordens e desejos da Rainha. São impedidos de pensar e falar por conta própria, se reclamar então, é morte certa. Perdem aquela vontade de fazer justiça, o desejo de igualdade entre todos. Alguns sentem uma imensa vontade de se apropriar dos tesouros do Reino, outros se contentam somente com o cumprimento amarelo da Rainha (a Rainha olhou para mim!!! Ganhei o dia), ou um favorzinho, pago com o dinheiro dos tributos recolhidos ao tesouro do Reino.
Alguns são mercadores, senhores donos de terra e doutores, que podiam reagir aos desmandos da Rainha Tirana buscando o enriquecimento do Reino e conseqüentemente vantagem. Outros são pobres plebeus, que mendigam, e em sua ignorância agradecem pelas migalhas que lhes são jogadas pelas janelas do Reino. Migalhas do pão pago pelos tributos do seu suado trabalho. Alguns experimentam uma grande sensação de poder e acham que em nome da Rainha podem virar o Reino de cabeça para baixo mandando e desmandando em toda plebe, porém descobrem que são apenas bonecos, e que suas vontades não podem, não vão além das vontades da Rainha.
É essa a cara da Rainha Tirana e seus bonecos. Se você conhece ou já viu qualquer pessoa com essas semelhanças, com certeza, elas vivem no mundo do faz de
conta anunciado pelos arautos oficiais do Reino de Guaracangalha. O Reino ABRILHANTADO por bobos e bocoiós.

ISTO É BRASIL !!!

Publicada na 1ª Quinzena de Fevereiro/1995 no Jornal Notícias de Guararema.

De Outubro/1994 até hoje vemos a desmoralização do sistema político brasileiro; a partir da eleição o Presidente eleito foi aos jornais dizer que o salário dele era muito baixo. Que ele ia ter de voltar a escrever nos jornais para complementar seus vencimentos; que estava difícil compor o Ministério porque o salário era muito baixo.
Agora após a posse vemos os primeiros atos do Sr. Presidente:
1º) Nomear os amigos para compor o ministério;
2º) Fazer um Projeto de Lei para aumentar seus vencimentos e os dos ministros;
3º) Vetar o salário mínimo de R$ 100,00 (cem reais);
Vimos durante a campanha os partidos pregarem a moralização e resgatar o prestigio do Congresso, mas pura balela, eles continuam a legislar em causa própria, como no caso da anistia ao Senador Humberto Lucena e mais 11 membros do Congresso; temos também o caso dos salários, que enquanto votam um reajuste de 42% para o salário mínimo, votam um reajuste de 140% para os próprios salários, dos Deputados, dos Ministros e do Presidente, bem acima dos índices de inflação.
Vejam a aberração das vantagens do cargo de Deputado Federal:
1º) Salário de R$ 8.000,00 (oito mil reais), equivalente a 114 salários mínimo, ou seja, 9 anos e meio de salário mínimo;
2º) Ajuda de Transporte de R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) por ano, equivalente a 228 salários mínimo, ou 19 anos de salário mínimo;
3º) Cota de 200.000 páginas na gráfica com valor anual de R$ 15.000,00 (quinze mil reais) por ano, equivalente a 214 salários mínimo, ou ainda 17 anos de serviço de um trabalhador normal;
4º) Quatro passagens aéreas para seu estado de origem, sendo que uma pose passar pelo Rio de Janeiro, no valor mensal de R$ 2.249,00 (dois mil, duzentos e quarenta e nove reais), equivalente a 32 salários mínimo, ou quase três anos;
5º) Salário por convocação extraordinária: R$ 2.000,00 (dois mil reais), equivalente a 28 salários mínimo, um pouco mais de 2 anos;
6º) Cota de 11.000 xerox por mês, no valor total de R$ 1.100,00 (um mil e cem reais), quinze salários mínimo, pouco mais de um ano;
7º) Apartamento funcional ou auxilio moradia no valor de R$ 597,72 (quinhentos e noventa e sete reais e setenta e dois centavos), equivalente a 8,5 salários mínimo.
8º) Cota mensal de 2.500 cartas e 200 telegramas. R$ 1.100,00 (um mil e cem reais), equivalente a 15 salários mínimo;
9º) Auxilio Transporte local no valor de R$ 1.333,00 (um mil, trezentos e trinta e três reais), equivalente a 19 salários mínimo;
10º) Salários de assessores no valor de R$ 6.360,00 (seis mil, trezentos e sessenta reais), equivalente a 90 salários mínimo.
De acordo com a matéria do jornal O Estado de São Paulo de 19/01/1995, “o custo mensal de um Deputado Federal, somando-se todos os números acima, alcança a cifra de R$ 24.210,00 (vinte e quatro mil, duzentos e dez reais)” equivalente a 345,86 salários mínimo; concluindo vemos que um trabalhador comum terá de trabalhar quase 29 anos para ganhar o que um Parlamentar ganha em um mês.
Fora todas essas vantagens, ainda vemos a briga por cargos de segundo e terceiro escalão, onde cada Congressista em troca de apoio ao executivo quer colocar parentes ou amigos.
Realmente nosso Congresso esta sendo “Moralizado”.
E viva o Brasil!!!

O Reino de Guaracangalha V - O GRANDE CIRCO

Matéria publicada no Jornal Hora H na 2ª quinzena de Junho/1999

No capítulo de hoje veremos como a Rainha Tirana resolveu o problema do desemprego com a conseqüente falta de dinheiro por parte de seus súditos.
Como sempre a Rainha e seus asseclas resolveram amenizar a fome do povo e a renda dos mercadores do reino, mas para isso era preciso criar empregos para que a plebe pudesse receber um soldo mínimo para sobreviver.
Mas como para isso eles não tinham capacidade, resolveram que em vez de pão, era mais fácil dar circo para matar a fome de seus súditos. Então, ela montou uma grande arena para os gladiadores lutarem e também para os cantadores se apresentarem. Diversos mercadores montaram tendas para comercializarem seus produtos, pena que eram quase em sua totalidade mercadores de outros reinos, que vieram tirar as poucas moedas do povo de Guaracangalha.
Quanto a plebe, coitada, teve de se contentar ouvindo tudo do lado de fora, porque para entrar teriam de gastar praticamente o soldo mínimo de um mês de trabalho, contando entrada e alguma guloseima. Sem contar que os mercadores do reino viram sua receita diminuir em virtude da festa, porque a maioria queria ficar nas proximidades da festa para ouvir as canções.
A Rainha Tirana conseguiu mostrar mais uma vez que ela se preocupava apenas com a beleza e o espetáculo que os moradores de outros reinos iriam assistir, quanto aos seus súditos, eles que se lascassem, e se reclamassem eram perseguidos pela Rainha Tirana, seus Asseclas e os onze
mercenários do Reino e poderiam até serem atirados aos leões da arena.

Glossário
Arena................ Local de espetáculos
Asseclas............. Seguidores, partidários
Cantadores....... Cantores
Gladiadores...... Lutadores
Mercadores...... Comerciantes
Mercenários .... Interesseiros, que se vende
Plebe........... ..... Povo mais pobre
Soldo.......... ...... Salário
Súditos....... ...... Moradores do Reino
Tenda............... Local de comércio

O Reino de Guaracangalha IV - O JARDINEIRO

Matéria publicada no jornal Hora H 1ª quinzena de Junho/1999

Continuando nossa estória, hoje falaremos sobre como a Rainha tirana, consegue fazer tudo o que ela quer.
Quando houve um plebiscito para que o povo escolhesse os conselheiros do reino, que de acordo com as propostas e com o estatuto, deveriam representar os interesses do povo, todos que se apresentaram, diziam que seriam defensores da plebe, e que tudo fariam para que o povo tivesse uma choupana para morar, defende-riam os mercadores, para que todos pudessem trabalhar e dar sustento para sua prole. Ainda gritavam que exigiriam da Rainha um mínimo de dignidade com saúde, educação e lazer para o povo. Inocentemente, no dia do plebiscito final, o povo acreditando nas belas palavras dos conselheiros, acabaram escolhendo 13 dos muitos que se apresentaram. Mas, desses 13 escolhidos, 11 se venderam para a Rainha Tirana, e com isso passaram a perseguir os escribas que levantavam a voz contra os desmandos da Rainha, passaram a agir não como defensores da plebe, mas sim defensores da Rainha Tirana, virando verdadeiros pelegos do poder, traindo descaradamente a confiança que neles foram depositada, e para isso contavam com o apoio do arauto do Reino, que também se rendeu aos caprichos da Rainha.
Provaram mais uma vez que o ouro fala mais alto, e que o povo continua sendo enganado e com apenas 2 conselheiros mantendo suas propostas iniciais, e lutando em benefício do povo.
Tem ainda um fato muito grave que ocorreu no Reino, e os conselheiros nada fizeram, o fato é o seguinte:
Existia no Reino um senhor chamado Dodó, ele era serviçal e limpava o posto de troca das carruagens do Reino. Após muito tempo de trabalho, estando cansado e não tendo onde morar, foi para um abrigo de pessoas idosas necessitadas. A Rainha Tirana indicou uma chefe ao abrigo, esta para mostrar serviço e dedicação, expulsou esse ancião, porque ele não podia pagar sua estadia. Ele trabalhava arrumando o jardim do abrigo, e com muita insistência passou a receber sua comida por cima do muro e tendo de comer na beira da estrada.
Mesmo sendo tratado como mendigo, como ele adorava o jardim sentiu muita saudade de suas flores e com toda essa humilhação teve um enfarte e veio a falecer.

Glossário:
Abrigo de idosos:.. asilo
Arautos:................ mensageiros do reino
Carruagens:.......... veículo para transporte de passageiros
Choupana:............. casa
Conselheiros:........ representantes do povo
Escribas:................ escritores
Mercadores:.......... comerciantes
Pelegos:.................. bonecos manipulados
Plebe:..................... povo mais pobre
Plebiscito:.............. eleição
Posto de troca:...... parada de carruagens
Serviçal:................. trabalhador

O Reino de Guaracangalha III - COMPARAÇÃO

Matéria publicada no jornal Hora H em 05/1999

Era uma vez um espinheiro que queria ser rei
Extraído do DIÁRIO CRIANÇA, página 3, Diário Popular de Domingo 28/03/1999


O povo judeu tem uma antiga lenda que conta que, certo dia, as árvores resolveram escolher um rei ou uma rainha para ser aclamado como o soberano da floresta. A primeira árvore a ser indicada para o cargo foi a oliveira, mas ela recusou o convite e foi logo dizendo:
- Vocês acham que eu deixaria de produzir azeitonas e o azeite tão delicioso só para reinar sobre vocês? As árvores pensaram, pensaram... e decidiram que a figueira deveria ser a rainha.
- De maneira nenhuma – retrucou a figueira. - Eu nunca iría parar de produzir meus frutos só para ficar sendo a rainha das outras árvores. Após a recusa, procuraram a videira para ver se ela aceitava o cargo.
- Não quero deixar de produzir as minhas uvas só para ter de ficar preocupada com as outras plantas da floresta – explicou a videira.
As árvores perceberam que só podiam convocar o espinheiro para ver se ele aceitava o cargo.
- Claro que aceito a proposta de ser rei – entusiasmou-se o espinheiro.
E minha primeira convocação é que venham todos descansar à sombra de minha folhagem !

Enquanto isso, no Reino de Guaracangalha
É claro que essa lenda não tem o objetivo de comparar os líderes e governantes a espinheiros que não produzem frutas nem flores.
A lição que a lenda nos passa é que o VERDADEIRO LÍDER não está interessado em poder, em ter uma posição valiosa, em mandar nos outros.
É importante lembrar que ser líder é ter como maior preocupação servir os seus semelhantes,
seguindo o exemplo das árvores que preferem produzir seus frutos do que ocupar locais de destaque e buscar seus próprios interesses.
Estando próximo da renúncia da Rainha tirana, já existiam várias pessoas se digladiando para ocupar seu lugar, pessoas que duelam com unhas e dentes (ou espinhos) para ocuparem seu trono, atrás apenas do poder. Mas, deixando essas pessoas ou picuinhas de lado, atendendo a pedidos vamos continuar
com nossa estórinha da Rainha tirana e seus desmandos.
Como sempre, não tendo nada para fazer, a Rainha tirana debruçada na janela de seu palácio, analisando (?) a atual situação do reino, onde o desemprego
era seu maior problema, teve mais uma de suas “brilhantes” idéias; montou um programa que iría gerar alguns empregos.
Ótimo, agora era só colocar o plano para funcionar. Após toda a tramitação legal (?), ela conseguiu colocá-lo em prática e empregou uma dezena de pessoas, só que ela, como sempre, não pensou no principal, nas pessoas do reino que se encontravam desempregadas e acabou contratando pessoas de
OUTRO reino, e o que é pior: pagando com o dinheiro dos pobres súditos desempregados de seu reino. Aproveitando seu momento de grandes idéias, ela começou a usar o dinheiro de seus súditos (desempregados), para transformar o palácio em uma grande imobiliária, adquirindo terras dos barões a peso de ouro, para transformá-las em uma grande plantação de capim, para
alimentar os jegues do palácio, enquanto seus súditos passam fome.
O mais triste é que a Rainha tirana perseguia quem falava alguma coisa contra seu reinado e tentava por todos os meios mandar os escribas para a masmorra de seu castelo.Até a próxima (se houver). Esta é uma estória do imaginário do autor, qualquer semelhança com fatos reais, terá sido mera coincidência.

O Reino de Gauaracangalha II - CONHECENDO

Matéria publicada no Jornal Hora H em 12/1998

Era uma vez um reino não muito distante, situado no país da fantasia, chamado Guaracangalha, o qual era governado por uma rainha que, saída da plebe, quando assumiu o poder se revelou uma tirana e déspota, insensível aos apelos de seus súditos.
Praticando sempre desmandos que contrariavam totalmente a opinião de seu povo e tentando mantê-los na cangalha, daí a origem do nome do reino.
Como ela não tinha e nem sabia o que fazer, ficava na janela de seu palácio olhando o povo caminhar pelas estradas do reino, sempre maquinando o que poderia ser feito para prejudicar seus súditos. Foi aí que começou a perceber que nos dias de sol forte o povo caminhava aproveitando as sombras das árvores para se refrescarem, e mesmo os idosos paravam às suas sombras para descansarem, ela viu também que o povo ficava mais contente quando ouvia o canto dos pássaros nos galhos das árvores. Então teve uma de suas brilhantes idéias para punir ainda mais seu povo.
Quando chegava a primavera (época que tinha os dias mais quentes do ano), ela simplesmente mandou sua fiel escudeira arrancar todas as árvores das estradas do reino, tirando toda sombra e conseqüentemente espantando todos os pássaros, destruindo seus ninhos, quebrando os ovos e matando os filhotes. Com essa medida, a plebe teve de passar a caminhar sob o sol forte que assolava o reino, e o que era pior, sem o canto dos pássaros para que pelo menos se alegrassem um pouco.
Mas como o conselho de ministros era quase todo capacho, que vivia sob o manto da tirana, ela mandava e desmandava como bem entendia, desrespeitando as leis, perseguindo os escribas e arautos, e cada vez mais dando menos atenção para seus súditos.
Continua na próxima edição.

Glossário:
Arauto:. . . . . . . . . . . .. . . .mensageiro;
Cangalha:. . . . . . . . . . . . . jugo, opressão, armação p/ manter carga no lombo dos animais;
Conselho de ministros:.. . auxiliares, fazedores das leis;
Déspota:. . . . . . . . . . . . .. . pessoa que abusa de sua autoridade;
Escriba:.. . . . . . . . . . . . . . escritor, pessoa que entre os judeus lia e interpretava as leis;
Escudeira:.. . . . . . . . . . . .criada particular;
Plebe:. . . . . . . . . . . . . .. .. .povo, classe de condição mais baixa da sociedade;
Súdito:.. . . . . . . . . . . .. . . .aquele que está submetido a vontade de outrem, vassalo;
Tirana:. . . . . . . . . . . . . . . aquele governante que abusa de seu poder;

O Reino de Guaracangalha I - A RAINHA TIRANA

Artigo publicado no Jornal Hora H em 10/1998

Em um reino não muito distante, situado no mundo da fantasia, viviam em seu castelo, um rei, seus filhos, e alguns criados. Entre eles existia uma criada que vivia no borralho e um criado que era o protegido do rei. Em virtude de estar muito cansado e não confiar em seus filhos, o rei nomeou o criado como cavaleiro do rei, e o mesmo casou-se com a criada. O rei depositando toda a confiança no novo cavaleiro, e em gratidão por serviços prestados, nomeou seu herdeiro. Depois de um tempo tendo o rei abdicado em favor de seu fiel cavaleiro, ele se tornou rei e governou durante um período, mas quis o destino que logo ele viesse a falecer, sem tempo de desfrutar de todo o poder que lhe foi outorgado. Porém, com sua morte a viúva e antiga criada tornou-se rainha, e apesar de nada entender de reinado, ser totalmente incapaz, semi-analfabeta e usando de todo poder que lhe coube revelou-se uma perfeita tirana, nomeando como primeiro ministro o príncipe seu filho que se tornou um voraz perseguidor dos adversários do reino, passando a perseguir seus súditos, mandando e desmandando a seu bel prazer, comprando conselheiros, protegendo e beneficiando os membros da corte. Ameaçando os pequenos mercadores de seu reino, gastando todo o dinheiro enfeitando os jardins de seu palácio, e perseguindo os arautos e escribas que denunciavam seus atos. Afinal governando apenas para uma elite da burguesia, enquanto a plebe sofria com a falta de saúde, de escola e de conservação das estradas do reino. E o pior era que como seus conselheiros eram quase todos capachos, haviam se vendido, e não valiam o preço que foi pago por eles, eles nada faziam a favor da plebe, e apoiavam cegamente as loucuras da rainha. E com isso toda corte vivia em festa, dilapidando o tesouro real. Mas, um dia depois de tanto ser perseguido, o povo acordou e resolveu se revoltar dando um basta nos desmandos da rainha. O povo resolveu dar um golpe de estado e derrubar a rainha e seus conselheiros, mandando-a de volta ao borralho de onde nunca deveria ter saído. Nos lugares ocupados pelos membros da corte, protegidos da rainha e do príncipe, foram colocados pessoas mais simples, capazes, e que viam o povo, os arautos e os escribas como auxiliares, que ajudaram o reino a crescer, transformando-o em um lugar em que todos, burgueses ou plebeus, pudessem opinar, e assim viveram felizes para sempre. Moral da estória: Todos devem estar se perguntado, e daí? Mas, como toda estória não tem lógica, esta é uma adaptação livre mostrando o outro lado da estória da Gata Borralheira.

O Reino de Garacangalha - DESCOBRIMENTO

Artigo publicado no Jornal Hora H em 10/1998

Em Setembro escrevi que Guararema estava andando para traz, achei que estava muito forte, que não era tanto assim; mas após alguns fatos ocorridos, vejo que enquanto o mundo caminha rumo ao próximo milênio, a televisão toda hora fala em democracia,
Guararema volta aos anos negros da ditadura, aos chamados anos de chumbo.
Atualmente ao abrirmos os Jornais vemos charges (desenhos) de diversos políticos, Prefeitos, Governadores, Ministros e até mesmo do Presidente da República; lemos também críticas leves ou pesadas. Ao ligarmos a televisão assistimos em quase todos humorísticos sátiras sobre os políticos, ao assistirmos os telejornais, vemos críticas diretas as ações dos mesmos, sendo que em algumas vezes vemos até críticas a sua vida particular, caso do Presidente Bill Clinton e sua vida sexual.
Mas, em Guararema voltamos ao tempo da ditadura, quando não se podia falar nada que era preso, processado, expulso do país, ou mesmo morto nos porões da repressão. Os jornais da época traziam tarjas pretas, estorinhas infantis, receitas de bolo, etc... ; Em Guararema está ficando igual, porque quando escrevemos alguma crítica somos processados, quando o jornal traz alguma charge, também é processado;
Em Guararema os políticos não sabem o que é crítica, eles acham que o jornal só deve ›falar bem, mas como tudo na vida tem duas versões, na política também deve ser assim, e existe um ditado que diz que é impossível enganar todo mundo, durante todo o tempo. Por isso todo político, principalmente em Guararema, deveria saber conviver com as críticas, e delas tirarem proveito para se aprimorarem. Como em Guararema somos perseguidos, e estamos sendo processados por algumas matérias, e por charges, a partir da edição de hoje farei como no tempo da ditadura (a qual vivi e sobrevivi), irei iniciar uma nova série e contar estorinhas do tempo da carochinha para entretenimento infantil ou poemas de autores famosos.

A INCOMPETÊNCIA CONTINUA

Publicada em Agosto/1998 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Realmente em Guararema estamos entregues a própria sorte, em virtude do descaso por parte da Senhora Prefeita, porque enquanto ela se preocupa em embelezar a cidade, o povo fica totalmente abandonado, mas e daí ? O povo que se dane.
Em 13/07/1998, através do oficio PMG/OF nº 293/98, a Senhora Prefeita me informou por escrito, os horários e itinerários de diversas linhas de ônibus em Guararema, e disse ainda que estava fiscalizando para que as empresas cumprissem os horários e itinerários; mas constatamos que desde 04/07/98, a linha do Jardim Costão, a linha Vale dos Eucaliptos e a linha Freguesia da Escada – Bedran – São Rafael, estão desativadas, isto é não estão circulando, mais claramente, não estão tendo ônibus, e a Senhora Prefeita acha que estão operando normalmente; e o pior, mesmo quando estavam funcionando a empresa não cumpria os horários, mas a Senhora prefeita acha que esta tudo bem, e os ônibus estão circulando normalmente. Ou estão fazendo a Prefeita de boba, fazendo com que ela assine documentos que não são verdadeiros, e passando informações falsas prejudicando a Senhora Prefeita, ou a Senhora Prefeita realmente acha que o povo é bobo, e Lea pode fazer o que bem entender, porque o povo vai achar que está tudo certo (sempre foi assim).
E temos ainda a questão do passe, existe a Lei nº 1852 de 01/12/1997 alterada pela Lei nº 1863 de 29/01/1998 e a Lei nº 1853 de 01/12/1997 alterada pela Lei nº 1864 de 29/01/1998, as quais dizem que a Prefeitura irá fornecer passes aos estudantes, mas a Senhora Prefeita diz que vai estudar o assunto, só que isso já faz dois meses, e até agora nada, e as crianças como é que vão à Escola ? Ou não vão ? Ficam no aguardo da boa vontade da Senhora Prefeita ?
E temos também o caso da Transvale que diz em alto e bom som que eles fornecem passes ???, Mas não é a Prefeitura que paga esses passes ?
Temos ainda a questão que se não tem passageiro para um determinado lugar eles não mandam o ônibus. Mas e quem estiver lá esperando para vir para a cidade ? Vai ficar esperando, porque se não for ninguém, o ônibus não vai, e por isso não pode vir ninguém.
É realmente a incompetência continua.
Com a palavra a Senhora Prefeita. (Ou será que não ?)
Quem puder explicar que explique.

LEGISLAR OU VEREAR

Publicada em Julho/1998 na Coluna Ponto de Encontro do Jornal Hora H.

Com que tristeza vemos, um vereador de joelhos frente ao Poder Executivo, sendo que o Legislativo seria para fiscalizar o executivo, seria para defender os interesses do povo. Mas o que vimos em um outro jornal foi o vereador Valdemi Caldeira falando um monte de bobagens, sem saber nem sobre o que ele estava falando (será que foi ele mesmo que escreveu? Ou será que escreveram por ele?), porque quando ele defende que a Administração deva ocultar, esconder, se negar a prestar informações, ele esta agindo como um capacho do Poder Executivo; Porque na sua função, e para qual ele foi eleito, ele deveria fiscalizar o Executivo, e não servir de porta voz, para isso existem pessoas ganhando altos salários na Prefeitura.
E mais ainda, ele deveria primeiro tomar conhecimento da Lei (já que ele é pago para fazer Leis e fiscalizar o cumprimento das já existentes, e nada mais), para que o vereador Valdemi Caldeira aprenda, transcrevo o texto da Constituição que em seu Titulo II, Capitulo I, Artigo 5º, item XXXIII diz o seguinte: “todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da Lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo é imprescindível à segurança da Sociedade e do Estado”. (só e nada mais)
Em seguida ele deveria tomar conhecimento dos trabalhos desenvolvido pelas diversas Sociedades Amigos de Bairro de Guararema, tais como: sopão no Parateí, sopão no Jardim Luiza, distribuição de brinquedos no Parateí, distribuição de brinquedos no Jardim Luiza, rua de lazer no bairro Nogueira, festa das crianças no Vale dos Eucaliptos, 1ª festa comunitária na EEPG Ivan Brasil, doação de cadeira de rodas no bairro dos Pires, doação de alimentos e roupas no Jardim Luiza e Maracatu, viagem para as crianças até o Play Center, etc... só não alardeamos o que estamos fazendo porque isso é para vereador que quer aparecer.
E sobre a não participação em outros trabalhos comunitários é por total negativa do Poder Executivo (Prefeito), porque quase todos nossos pedidos que foram negados pela Prefeitura são sobre os Conselhos de Saúde, Promoção Social, Educação e Transporte, conselhos esses que por Lei deveria ter a participação de membros das Sociedades Amigos de Bairro, mas a Prefeitura não permite, e o que faz esse Nobre Vereador, defensor do povo ? Vai contra a Lei que ele jurou defender, e simplesmente vai contra o Poder Legislativo e o povo, para defender o Executivo. Acho que esse vereador deveria primeiro tomar conhecimento para que ele foi eleito, acho que ele não sabe o que é Poder Legislativo e Poder Executivo.
Como vemos o vereador Valdemi Caldeira, perdeu a oportunidade de ficar calado e não ter falado tanta asneira, e ele deveria estar honrando o seu salário e estar cumprindo a sua função que é fiscalizar o Executivo, porque o povo não paga vereador para ele falar besteira.